Drones serão utilizados para vigiar matas no Brasil

A tecnologia realmente revolucionou a vida das pessoas. E, agora, caminha-se para utilizar recursos tecnológicos também na preservação do meio ambiente. O Ministério do Meio Ambiente tem a intenção de adotar drones para monitorar atividades como desmatamento e queimadas nas principais preservações ambientais do país. As entidades têm dificuldade de fiscalizar as matas imensas pelo Brasil, como a Amazônia e o Cerrado, e os veículos aéreos não tripulados, conhecidos como drones, poderão ajudar.

Uma das áreas prioritárias pelo projeto é o eixo da BR-163, que liga Cuiabá, em Mato Grosso, a Santarém, no Pará. Nessa região, existe grande desmatamento e muita dificuldade de identificar os agressores. A ideia do monitoramento aéreo é do projeto Ecodrones, que é uma iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e da organização WWF-Brasil.

Entre os usos dos ecodrones estão as ações de prevenção e combate a incêndios florestais, monitoramento de fauna, mapeamento de cadeias produtivas da sociobiodiversidade, além do uso recreacional. O Parque Nacional do Pau Brasil, que se localiza na Bahia, já utiliza um drone – o Nauru. É uma ferramenta importante para a conservação, pois tem a capacidade de alcançar locais de difícil acesso das pessoas.

O Nauru é o único que tem a permissão de voar no Brasil, pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O modelo permite quatro horas de voo interruptas e tem alcance de 80 km. Esse equipamento é operacionalizado por um técnico especializado, mas muitos estudos são feitos para que ele seja programado para automatização.

Os drones transmitem imagens em tempos reais e voam rapidamente pelas áreas, o que traz muito mais agilidade do que o trabalho feito por pessoas. “Os drones chegam mais rápido e vão em lugares difíceis de serem explorados pelos homens, é uma ferramenta que contribuirá muito para a fiscalização das matas”, afirma a especialista em gestão ambiental, Geovana Madruga, coordenadora de responsabilidade social do Instituto Positivo. O uso desses equipamentos é bastante comum em outros países, inclusive na África, o qual ajudou a diminuir os casos de caça predatória de rinocerontes e elefantes. Já no Brasil também existem iniciativas para estudos com boto cor-de-rosa e antas, também na Amazônia.


Fonte: Assessoria de Imprensa