Vereadores aprovam fundo para requalificação da orla e reclamam de serviços públicos


Nesta quinta-feira, 29/11/18, a Câmara Municipal aprovou em segunda votação a criação do Fundo e do Conselho Municipal de Requalificação da Orla Norte (Projeto de Lei nº 029/2018) e a regulamentação do Processo Seletivo Simplificado do programa Operação Verão 2019 (Projeto de Lei nº 030/2018). Os assuntos foram rapidamente discutidos nas sessões ordinárias e tiveram aprovação rápida. Nesta mesma sessão, o que mais despendeu energia dos vereadores foram as reclamações referentes aos serviços e aos transportes públicos na cidade.

Patrolamentos inacabados, máquinas paradas, falta de recolhimento do lixo nas localidades e precariedade do transporte coletivo foram os mais discutidos. O vereador Lázaro Lopes (PP) foi quem primeiro tocou no assunto das obras paradas e do lixo: “já passou da hora de o poder público e nós, vereadores, sentarmos com esses pessoal que presta os serviços e conversar, porque tem máquinas no local e não sabemos porque não estão trabalhando. E precisamos ver onde está o problema porque o lixo está tomando conta da cidade”.

O Cacique Renivaldo (PV) afirmou que “a patrol foi três vezes perto da entrada de Caraíva mas não chegou lá”. E continuou desabafando: “quero que o responsável pelos serviços explique por que essas máquinas não chegam a Caraíva. Em Itaporanga nunca passou. A comunidade fica desassistida”.

Ronildo Vinhas (PMDB) reclamou do estado de conservação da BA 001, que liga Arraial d’Ajuda a Trancoso: “está intransitável!” Segundo ele, muita gente se queixa de ter os carros quebrados ao passar pelo local, pneus rasgados e outras avarias. “Graças a Deus ainda não tivemos acidente com vítima fatal. Quero pedir o empenho do Executivo para resolver esse problema”.

Élio Brasil (PT), usou a tribuna para se queixar do transporte coletivo: “os ônibus estão precários”.  Paraguai, Vila Valdete, Pé no Campo, Vista Alegre e o La Torre são locais aonde o vereador afirmou que os ônibus não chegam, deixando os trabalhadores sem transporte. E questionou: “quantas notificações a Secretaria de Transportes fez para esta empresa? Nenhuma. Noventa e nove por cento dos taxistas estão regulares. Mesmo assim, todos os dias são notificados. O Uber não tem nenhuma notificação, já o transporte alternativo, está com mais de 500 carros presos. Quero ouvir o secretário.”

Uber e privatização da Embasa

‘Indignado’ foi a palavra que o vereador Robinson Vinhas (PC do B) usou para se descrever, quando falou que os contrários à privatização do serviço prestado pela Embasa “já estão falando em ficar de olho nos vereadores”, apesar de o projeto ainda nem chegar ao Legislativo. A falta de fiscalização municipal com os carros que fazem o serviço Uber também agitou a fala do edil. “Na entrada do Cambolo teve um acidente com vítima fatal, uma criança. Era um carro que presta serviço da Uber e tinha placa do Rio de Janeiro. Isso ninguém vê e nem fala.”

Atenção para a indústria e o comércio locais

Já, o vereador Geraldo Couto (PHS) defende a criação de uma secretaria ou serviço que atenda à indústria e ao comércio locais. “Tudo que fazemos para a abertura de uma empresa tem que passar pela prefeitura. Não tem secretaria específica para isso. Em Porto Seguro temos muitas fábricas de camiseta, de artesanato, de roupas íntimas e cangas de praia. Nós, contadores, trabalhamos de graça para a prefeitura – se referindo aos parcelamentos para pagamentos de tributos e de alvarás - e não temos uma secretaria para nos atender.”

Eleições para presidência

E tocando no assunto que está esquentando as conversas nos corredores da Câmara, as eleições para a diretoria do biênio 2019/20, Dilmo Santiago (PROS) garantiu que não tem nenhum interesse em derrubar a possível candidatura do atual presidente, Evaí Fonseca (PHS). “Não sou traidor, mas quero dizer a todos que é necessário discutir o plano B. Temos que saber qual a ideia de um grupo e o que ele defende. E nesse grupo não existe o nome de Dilmo para presidente. Eu, podendo votar, esse voto é seu, Sr. presidente”.

Evaí, por sua vez, se empenha em votar emenda na lei orgânica do município que favoreça a eleição do presidente por duas vezes, já que pelo texto atual, o presidente não pode se reeleger. Para ele, a oportunidade é de conversar sobre o assunto e tentar convencer os colegas. “Se não puder, cada um vai seguir seu mandato. Eu estou no meu direito de político de tentar. Não tenho apego a nada, não tenho nenhum processo, apenas duas notificações corriqueiras do TCM.  Todos sempre foram bem recebidos na sala da presidência.”