Porto Seguro: nota baixa no Ideb e estresse de professores são assuntos na Câmara

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O Jornal do Sol publicou na edição impressa nº 387 o baixo desempenho de Porto Seguro nas provas que medem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O assunto foi abordado na sessão de 10/10/17 porque chamou atenção dos vereadores, que querem descobrir os motivos.
De acordo com a matéria, na rede municipal de ensino, que disponibiliza o ensino básico e fundamental, na disciplina Português, apenas 34% dos alunos alcançaram o aprendizado adequado na competência de leitura e interpretação de textos até o 5º ano. No 9º ano, o percentual de aprendizado caiu para a metade (17%). Em Matemática, os dados preocupam ainda mais: no 5º ano, apenas 20% dos alunos demonstraram o aprendizado adequado na resolução de problemas. E no 9º ano, assustadores 6% dos alunos demonstraram ter aprendido.
Com a informação, vereadores querem conhecer as causas do baixo desempenho. “Assim que tomamos conhecimento, encaminhamos ofício à secretária de Educação e ao presidente da APLB –sindicato dos professores - para entender o porquê. Acredito que é o sistema. Não parte só dos professores, mas os pais tem um pouco de culpa também”, afirmou o vereador Evanildo Santos Lage, o Vanvan (PMDB), que está à frente da iniciativa. “É importante que os pais também participem da reunião. Hoje tem pai que quer o filho em tempo integral na escola como se quisesse se livrar deles. Educação parte de casa, depois na escola”, completou.
Perguntado se ele acha o serviço municipal de educação satisfatório, o vereador disse que não poderia se posicionar ainda a respeito, porque somente depois de eleito começou a vivenciar essas questões. Mas reconheceu: “Tem muitas carências sim, de estrutura, por exemplo. Ontem não teve aula porque houve uma reunião da APLB. Por que não se reunir no sábado?” Questionou o edil.
A agitação vem no momento em que os alunos vão passar mais uma vez pela Prova Brasil, que compõe o Ideb. De 23/10 a 03/11, será avaliado o desempenho escolar do alunos do ensino médio da rede pública e também das escolas particulares.

Assistência psicológica aos professores

Também ligado à educação, a saúde dos professores esteve em pauta por meio de um requerimento de autoria do vereador Rodrigo Borges de Souza (PV). Ele pede a instalação do Programa Multidisciplinar da Educação Municipal, de atendimento físico e psicológico a professores.
“É prestar um apoio a profissionais que estão há anos trabalhando e, devido a algumas situações, estão com a saúde deteriorada. Alguns colegas na Educação têm síndrome do pânico e depressão, devido a esse estresse na educação dos alunos e à falta de segurança, pois tem alunos que não respeitam”, justificou. O assunto ainda passará por votação como projeto de lei.