Vencedora do BBB6 se forma em teologia e conta como aplicou o prêmio

Mara Viana sempre foi assídua do Big Brother Brasil desde a primeira edição, mas jamais imaginava que um dia pudesse estar lá dentro. Moradora de Porto Seguro, na Bahia, ela conta que, na época, o programa fez uma promoção em que qualquer pessoa poderia se inscrever por uma ligação telefônica e resolveu se arriscar.

“Isso aconteceu em setembro de 2005 e era pra gente ligar em um número 0800 para se inscrever para o programa. Na época eu estava com o meu telefone prestes a ser cortado, mas resolvi ligar. Minha filha que me incentivou a fazer isso e eu queria ouvir a voz do Pedro Bial, que era o apresentador. Liguei e me decepcionei porque não era a voz dele”, lembra.

Quando o sexto programa começou a ser exibido em janeiro de 2006, a ex-sister, hoje com 45 anos, nem lembrava mais de sua ligação meses antes, se sentou com a família diante da TV para assistir ao reality show e se surpreendeu quando ouviu o apresentar dizer o seu nome.

“Me lembro que estava assistindo e já tinha até me simpatizado com a Mariana Felício. Ao final, o Bial falou que ia fazer um sorteio das ligações e foi aí que me lembrei que tinha ligado, mas não tinha esperanças que eu pudesse ser sorteada. Quando ouvi meu nome na televisão pulei do sofá e, imediatamente, a Ana Furtado me ligou me dizendo que eu ficaria confinada e que, a partir daquele momento, não poderia deixar minha imagem vazar para nenhuma outra emissora.”

Naquela noite, Mara lembra que não conseguiu dormir porque muitos vizinhos foram até o portão da casa dela, mas não podia falar com ninguém. No outro dia de manhã, pessoas ligadas à Globo foram até sua casa buscá-la para levar até o Projac, no Rio de Janeiro, para entra na casa mais vigiada do país.

Quando cheguei na casa do BBB, eu e o Agostinho ficamos esperando as pessoas na varanda da casa e todo mundo veio nos recepcionar. Foi uma festa! Depois eu fiquei amiga justamente da Mariana e do Agostinho. E sou amiga dele até hoje. Ainda nos falamos”, comenta.

Ela ficou confinada no programa por três meses e elege o banho como a maior dificuldade de participar de um reality show. Outro ponto muito difícil para ela foi assistir as pessoas mais próximas saindo da casa um a um.

“Eu gostava de todo mundo e me dava bem com todos. Fica muito triste com cada um que saía, mas tentava ao máximo segurar junto comigo os dois que eu mais gostava e consegui fazer isso. A Mariana foi até a final comigo. Saímos de lá de mãos dadas”, comemora.

Ela lembra que depois de passar por dois paredões e chegar à final, finalmente teve a esperança de conseguir levar o prêmio máximo de R$ 1 milhão para Porto Seguro e conseguiu.  Hoje, Mara diz que esta foi a realização de um sonho e que recebeu ajuda de várias pessoas ao deixar o programa.

“Consegui montar uma pousada aqui na minha cidade, estudei teologia por cinco anos apenas para obter conhecimento e me formei no final de 2018. Também realizei o meu maior sonho que era ver minha filha fazendo faculdade de direito. Eu nunca teria tido a oportunidade de pagar escolas particulares para ela, dar um tratamento de saúde adequado, fisioterapia e pagar a faculdade dela se não fosse o prêmio do programa. Hoje o Big Brother Brasil representa tudo o que eu sou. Ainda tenho esperanças de conseguir ver a minha filha como uma juíza”, salienta ela que é mãe de Aracy Viana, de 19 anos, que é deficiente motora.

Para conseguir vencer o Big Brother Brasil, Mara tem um segredo que gostaria de compartilhar com os futuros moradores da casa: “Acredito que a chave do sucesso seja o amor, principalmente o amor ao próximo. É importante estar de bem com todo mundo com quem se convive.”


Fonte: Marie Claire