Associação Comercial promove workshop sobre segurança na empresa

A Associação Comercial e Empresarial de Porto Seguro promoveu, no dia 30/04/19, um workshop com especialistas em segurança empresarial. Participaram os palestrantes Luísa Caldas, da empresa Uniellas, de São Paulo, abordando “A importância do registro da marca para a proteção do empresário”; Lúcia Rodrigues, da empresa Minha Contadora, de Porto Seguro, com o tema “Descomplicando a sua contabilidade” e o bombeiro civil Marcelo Ruggio, da empresa ML Cursos, falando sobre “Prevenção, segurança e responsabilidade social, implantação da Lei 12.929 e aplicação da taxa de incêndio, obrigatória às empresas.

Registro de marcas e patentes

De acordo com Luísa Caldas, cuja empresa atua há 20 anos com propriedade intelectual no Brasil e no exterior, e que hoje já tem atendimento dentro da Associação Comercial de Porto Seguro, no início da formação das empresas, deve-se ter o cuidado de pesquisar se o nome escolhido não pertence a alguém. “A primeira coisa que a gente precisa formatar numa empresa é o nome que ela vai carregar. Você tem um fundamento para que sua empresa tenha aquele nome, aquela marca. Mas antes disso, juridicamente, o empresário precisa ver que o nome que ele está colocando na empresa dele não é uma marca registrada por um concorrente, senão ele vai incorrer num crime de utilização de marca sem saber e acaba tendo prejuízo.”

A palestrante sugere que se faça uma pesquisa nas redes sociais e no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). “Porque você começa a crescer com segurança, obtém o certificado da marca e pode tirar qualquer concorrente que esteja utilizando indevidamente seu nome.” A pesquisa é feita gratuitamente e a entrada de processo de registro custa em torno de R$ 1.500,00. Segundo Luísa, este valor deve estar inserido nos custos iniciais de uma empresa. Se, durante a pesquisa, a empresa ainda não for formalizada, o registro pode ser feito em nome de pessoa física e depois ser transferido para pessoa jurídica.

Segurança na Contabilidade

Sobre a importância da segurança na contabilidade de uma empresa, a contadora Lúcia Rodrigues ressaltou a necessidade de o empresário enxergar o contador como um parceiro e não como um funcionário do fisco, “que vai tirar dinheiro dele também”. Ela disse que, além de ter medo da contabilidade, o empresário “pensa que toda vez que tem que mexer no assunto, é porque tem que pagar alguma coisa”. Afirmou que é fundamental ele entender que o contador é o maior parceiro dele. “Um profissional especializado em gestão, tributos”.

Lúcia afirma que os cruzamentos eletrônicos são muito eficientes e as fiscalizações vêm acontecendo cada vez mais, graças às possibilidades de enxergar eletronicamente os dados. “Temos diversos casos na mídia em que só chegaram ao conhecimento da Polícia Federal através dos cruzamentos eletrônicos. São pegos tanto os empresários que desviaram bilhões dentro da política, como empresário que desviou pequenos valores dentro de uma micro empresa”. Por isso, afirmou a contadora, “é fundamental que o empresário tenha uma inteligência fiscal dentro da empresa para ter segurança”.

Proteção de pessoas e patrimônio

Com relação à proteção das pessoas e dos patrimônios naturais e materiais, o bombeiro profissional civil, enfermeiro e educador físico Marcelo Ruggio, disse que há uma demanda muito grande para ação do bombeiro civil, profissional fiscalizado e comandado pelo bombeiro militar, em Porto Seguro. “A necessidade é de dar suporte ao que a gente chama de primeira resposta”. Isso significa que o bombeiro civil precisa agir rapidamente quando se inicia um incêndio, por exemplo, ou no atendimento pré-hospitalar a uma vítima de trauma ou mal súbito.

Ruggio, que é credenciado pelas Polícias Federal e Militar em combate a incêndio e primeiros socorros, afirmou que a presença de um profissional, bombeiro ou brigadista com preparo técnico numa empresa, para dar essa primeira resposta resulta em menos perdas de vida e patrimonial. A preparação de uma pessoa para atuação nesta área custa à empresa aproximadamente R$ 280,00 para brigadista e R$ 1.200,00 para bombeiro civil. O palestrante citou a necessidade do cumprimento da Lei 12.929, que trata da obrigatoriedade de pagamento da taxa de incêndio pelas empresas, para o Fundo Estadual do Corpo de Bombeiros da Bahia (Funebom).

Nova direção

Para a presidente da Associação Comercial de Porto Seguro, Valéria Ferraz, eleita para o triênio de 2019/2021, o workshop foi muito proveitoso e atingiu o objetivo de mostrar aos empresários presentes a necessidade de trabalhar com segurança das empresas. “Tivemos episódios em Arraial que foram muito marcantes. Tanto da perda de patente de uma empresa, mesmo após 30 anos, quanto dos incêndios, que destruíram patrimônios e o mais importante: uma vida que se foi porque a pessoa caiu num poço e esperou muito tempo pelo resgate. O tema e pertinente porque é o que a gente está vivendo”.

Valéria, que é empresária no ramo de hotelaria e eventos, afirmou que a associação está com uma nova proposta de trabalho junto às empresas. Desde o início de sua gestão, a nova diretoria reduziu a mensalidade de R$ 50,00 para R$ 30,00, dobrou o número de associados, e está promovendo cursos em parceria com eles. “Estamos lutando e tentando trabalhar junto com o empresário. Qualquer associado que precisar de um serviço, a associação vai buscar e ajudar”. Para direcionar melhor os trabalhos, a ACEPS está montando núcleos de atuação, como o da mulher empreendedora, que em julho vai realizar o Workshop Porto Noivas, o núcleo de eventos e o de segurança.