Greve de vigilantes: expectativa na 11ª rodada de negociações

Está marcada para 07/06/17 a 11ª rodada de negociações entre vigilantes e patrões. Até agora, não houve acordo entre as partes, levando a greve dos trabalhadores da segurança para 15 dias e aumentando as expectativas da população para resolução do problema. Na 10ª reunião, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o patronato ofereceu 3,63% de reajuste retroativo a fevereiro ou 5% a partir de junho. Os vigilantes, que inicialmente brigavam pelo aumento de 7%, reduziram o pedido para 6,44%, e não aceitaram as propostas patronais e decidiram pela continuidade da greve.
Durante a reunião, cerca de 1.500 grevistas se concentraram em frente à sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Corredor da Vitória, em Salvador, e depois da nova rodada de negociação, saíram em passeata e protesto mais uma vez, seguindo até a rua da Independência, em Nazaré, onde fica a sede do sindicato.
No site do sindicato, as notícias são de que o patronato recuou na proposta de realização de hora extra na folga. Também no site, foram publicadas moção de apoio a greve, por parte da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), entidade ligada ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, e que trabalha com foco no combate à pobreza, na inclusão socioprodutiva, qualidade de vida e sustentabilidade, segundo informado em site institucional.
Também o deputado federal Nelson Pelegrino declarou apoio aos vigilantes da Bahia, por meio de sua página no Facebook, quando a greve completou oito dias. “Quero registrar o meu total apoio ao Sindvigilantes, que passa por um momento de luta e resistência. São incansáveis tentativas de negociação. Mães e pais de família que merecem respeito! Uma proposta de aumento de R$ 10,00 é absurda e descabida. Vamos continuar lutando e resistindo!”, disse. Pelegrino informou que, juntamente com a deputada Érika Kokay (PT-DF), “apresentou o Projeto de Lei (7042/2017), que prevê piso salarial de R$ 3 mil reais e reajuste anual baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O projeto já recebeu parecer favorável da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e agora segue para a avaliação dos deputados integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.”
A greve dos vigilantes tem reflexo em vários serviços no estado baiano. Bancos, agências do INSS, estabelecimentos turísticos como os museus, e escolas estão sem funcionar ou funcionando parcialmente. A população reclama dos prejuízos causados por cheques compensados, agências que não estão efetuando depósitos, caixas eletrônicos sem disponibilidade para saques, perícias médicas que estão sendo adiadas e alunos sem segurança nas escolas.


Foto: Jefferson Fernandes