Apesar da crise, Bahia teve saldo positivo de empresas ativas, de 2014 para 2015


Apesar da crise econômica e diferentemente do que ocorreu no país como um todo, em 2015, a Bahia teve saldo positivo de unidades empresariais ativas, ou seja, em relação a 2014, mais empresas entraram no mercado baiano do que saíram.
Enquanto no Brasil, entre 2014 e 2015, a diferença entre unidades empresariais que abriram (entradas) e fecharam (saídas) ficou negativa em 4.417, na Bahia, essa diferença foi positiva em 2.037 empresas. Assim, a Bahia se recuperou um pouco da alta “mortalidade” de unidades empresariais ocorrida entre 2013 e 2014, quando o balanço mostrou que 16.288 empresas fecharam as portas.
A taxa de saída das unidades empresariais no estado caiu de 24,6% em 2014 (quase 1 a cada 4 empresas que estavam ativas em 2013 fecharam em 2014), para 16,3% em 2015. De 2013 para 2014, 55.100 empresas fecharam, número que caiu para 36.878 de 2014 para 2015 (18.222 a menos) e fez com que a Bahia perdesse participação no total de empresas que saem da ativa no país, de 5,4% em 2014 para 4,7% em 2015.
Ainda assim, o número de unidades empresariais ativas na Bahia em 2015 - 226.238, o que corresponde a 4,6% das 4,9 milhões em atividade no país - estava 6,0% abaixo do patamar de 2013, o mais alto da série, quando havia 240.462 empresas atuando no estado.

Saldo positivo de empresas na Bahia é maior entre atividades ligadas a saúde e serviços sociais

De 2014 para 2015, as três atividades com maior saldo positivo de empresas ativas no mercado baiano foram Saúde humana e serviços sociais (+981 unidades empresariais); Atividades profissionais, científicas e técnicas (+342); e Atividades imobiliárias (+293).
No grupo de saúde e serviços sociais, incluem-se, por exemplo, empresas de atendimento hospitalar; serviços móveis de atendimento de urgência; assistência a idosos, portadores de deficiência e imunodeprimidos em residências coletivas ou particulares; entre outros. No grupo de atividades profissionais, científicas e técnicas, estão atividades jurídicas, contábeis, de consultoria em gestão empresarial, serviços de arquitetura, engenharia, publicidade etc.
Por outro lado, as atividades com maiores saldos negativos de empresas em 2015, no estado, foram Comércio, reparação de automóveis e motocicletas (-77); Indústrias de transformação (-66); e Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-31).

17% das empresas baianas não sobrevivem mais que um ano

Das 226.238 unidades locais de empresas ativas existentes na Bahia em 2015, 82,8% eram sobreviventes, ou seja, 187.323 estavam em atividade pelo menos há um ano. Esse percentual praticamente não se alterou em relação ao verificado em 2014 (82,7%) e significa que cerca de 17% das empresas na Bahia não sobrevivem nem um ano. Essa taxa de mortalidade está próxima à média nacional: no país como um todo, cerca de 16% das empresas fecharam de 2014 para 2015.
Santa Catarina (87,3%), Rio Grande do Sul (85,9%), Minas Gerais (85,6%), e Espírito Santo (85,5%) são os estados com as maiores taxas de sobrevivência. Por outro lado, Amazonas e Amapá (ambos com 76,7%), Roraima (79,8%) e Maranhão (78,9%) registraram as menores.

As empresas sobreviventes são responsáveis por mais de 95% do emprego empresarial tanto no Brasil como um todo (concentram 96,4% das 33,6 milhões de pessoas ocupadas assalariadas nas unidades empresariais) quanto na Bahia (representam 95,1% do 1,5 milhão de ocupados assalariados em empresas). Das unidades empresariais na Bahia em 2015, 17,2% (38.915) entraram em atividade naquele ano.


Fonte: IBGE