Exportações agrícolas crescem e indicam cenário favorável para 2016

As recentes conquistas de novos mercados para a carne bovina puxarão a alta das exportações em 2016. Essa é a avaliação da secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo.
Os resultados recentes do setor reforçam a boa perspectiva. As exportações do agronegócio cresceram 1,4%, em dezembro de 2015, na comparação com o mesmo mês de 2014, saltando de US$ 6,76 bilhões para US$ 6,85 bilhões. O resultado, somado às conquistas de novos mercados e ao aumento da produção, indica que os embarques brasileiros deverão crescer neste ano.
Em 2015, o Brasil negociou o embarque do produto para grandes países consumidores, como China, Arábia Saudita, Estados Unidos e Rússia.
“Em dezembro, já tivemos aumento de 1,4%. Então, nossa expectativa é bastante positiva de que as exportações aumentem em 2016. Somente em carne bovina, esperamos embarque adicional de 1,3 bilhão de toneladas”, ressaltou Tatiana Palermo.
Os principais setores exportadores do agronegócio no mês foram carnes, com 18,1% de participação; cereais, farinhas e preparações (16,8%); complexo sucroalcooleiro (14%); produtos florestais (13,5%); e complexo de soja (11,4%).
Balanço 2015
O levantamento das exportações de 2015 indica recorde na quantidade embarcada de diversos produtos, como soja em grão, milho, frango in natura, café e celulose. A participação do agronegócio na balança comercial brasileira também foi a maior desde o início da série histórica, em 1997, respondendo por 46,2% de tudo que o Brasil vendeu ao exterior.
Os resultados positivos foram obtidos apesar da desvalorização do câmbio e da queda dos preços das commodities, fatores que levaram à redução de 6,6% do superávit da balança comercial do agronegócio, que fechou em US$ 75,15 bilhões.
“Tivemos um ano bastante positivo, mesmo diante do cenário internacional adverso”, avaliou a secretária. Segundo ela, o positivo se deve à abertura de mercados, aumento da safra, condições climáticas favoráveis e qualidade do produto. “O setor tem competitividade e eficiência, além de qualidade. Nossos novos mercados apreciam muito nossos produtos”, disse.


Fonte: Portal Brasil