Mercado de trabalho encerra 2015 com 39,7 milhões de empregos

O ministro do Trabalho e Emprego, Miguel Rossetto, afirmou, dia 21/01/16, que as dificuldades conjunturais de 2015 não desorganizaram o mercado de trabalho no Brasil. Rossetto ressaltou que "a prioridade do governo em 2016 é a reversão do cenário negativo, recuperação do crescimento econômico e da geração de empregos, com mais crédito, exportação, investimentos nas concessões, especialmente na infraestrutura, redução da inflação e retomada da atividade do mercado interno".

O ministro divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativos a dezembro e um balanço de 2015. No ano foram fechadas 1.542.371 vagas com carteira assinada, e 596.208, em dezembro. "Tivemos um ano de 2015 difícil, mas o mercado de trabalho do país manteve uma capacidade rápida de resposta a estímulos de demanda e um estoque formal forte e organizado de 39,6 milhões de empregos", afirmou o ministro. “Mantivemos as conquistas dos últimos anos”.

Segundo dados do Caged, mesmo com a perda de 596.208 postos em dezembro, por conta da sazonalidade característica do mês (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, fim das festas do final do ano, fatores climáticos, redução do número de contratações em relação aos demais meses), o estoque de empregos é o 3º melhor da série, decorrente, principalmente, da forte geração de empregos desde 2002. No período, foram gerados no país 16,8 milhões de empregos com carteira assinada.

Em dezembro, houve redução real de 1,64% no valor do salário médio de admissão, em relação ao mesmo mês em 2014. Em contrapartida, de 2003 a 2015, houve um crescimento de 41,87% no valor dos salários de admissão, passando de R$ 895,69 em 2003 para R$ 1.270,74 no ano passado.

"Os dados mostram também uma capacidade de resistência da renda média neste mercado de trabalho, que preserva o poder de compra muito próximo à inflação", destacou Rossetto.

Entre 2011 e 2015, o valor do salário médio teve um aumento real de 9,95%, passando de R$ 1.155,78 em 2010 para R$ 1.270,74 em 2015. Esse resultado é decorrente do aumento de 10,08% para homens e 11,18% para as mulheres. Entre as 27 Unidades da Federação, duas obtiveram aumento real no salário de admissão: Distrito Federal (5,39%) e Amapá (0,96%). São Paulo é o estado com o maior valor do salário médio do país, alcançando R$ 1.467,38.

Análise setorial - Os dados do Caged apontam para uma concentração das demissões na Indústria e Construção Civil, mas com um resultado positivo no setor Agropecuário, que apresentou crescimento do emprego em 2015, com 9.821 postos (+0,63% na geração de empregos formais).

Nos demais setores houve recuo na geração de vagas, puxado pelo setor da Indústria de Transformação, com queda de 608.878 vagas. As maiores perdas ocorreram na Indústria Têxtil do Vestuário (-98.825 postos), Indústria de Material de Transporte (-81.225 postos) e na Indústria Metalúrgica (-76.480 postos).

No setor de Serviços, a queda foi de 276.054 postos, mas com saldo positivo em dois ramos: Serviços Médicos e Odontológicos (+50.687 postos) e Ensino (+477 postos). O comportamento do setor Comércio foi proporcionado pelo recuo do emprego no Comércio Varejista (-180.954) e no Comércio Atacadista (-37.696). Na Construção Civil, o saldo foi de -416.959 postos no ano. 


Fonte: MTE