IPCA-15 registra 0,11% em setembro e IPCA-E varia 0,28%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,11% em setembro e ficou 0,24 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de agosto (0,35%). Foi o menor resultado para um mês de setembro desde 2006, quando o índice foi de 0,05%.

O acumulado no ano foi de 1,90%, inferior aos 5,90% do mesmo período de 2016. Para os últimos 12 meses, o índice foi de 2,56%, abaixo dos 2,68% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Estes dois acumulados (no ano e em 12 meses) são os mais baixos para um mês de setembro desde 1998, quando os resultados foram 1,63% e 2,45%, respectivamente.
Em setembro de 2016, o IPCA-15 havia sido 0,23%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), constituído pelo IPCA-15 acumulado no trimestre, variou 0,28%, abaixo do 1,22% registrado em igual período de 2016.
No grupo Transportes, que corresponde a 18% das despesas das famílias, ocorreu a variação mais representativa do mês: 1,25% e 0,22 p.p. de impacto no índice. Essa alta foi influenciada pelos combustíveis (3,43%), especialmente a gasolina (3,76%) e o etanol (2,57%). Já as passagens aéreas subiram 21,30%.
Responsável por cerca de 25% das despesas das famílias, o grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais caiu (-0,94% ou -0,23 p.p.). Os alimentos para consumo em casa registraram -1,54%, com destaque para o tomate (-20,94%), o feijão-carioca (-11,67%), o alho (-7,96%), o açúcar cristal (-4,71%) e o leite longa vida (-3,83%). Todas as regiões pesquisadas tiveram quedas, de -1,90% em Goiânia até -0,99% em Belém. Já a alimentação fora de casa apresentou variação de 0,14%, com a maior alta em Salvador (0,90%) e a maior baixa em Curitiba (-1,50%).
No grupo Habitação (0,26%), a taxa de água e esgoto cresceu 2,01%. Isso porque foram apropriados os percentuais em Salvador (9,40%) e em Belém (17,17%), além dos reajustes médios de 8,69% vigentes, desde 30 de julho, em Belo Horizonte (5,20%), e de 3,60%, desde 1º de agosto, no Rio de Janeiro (1,93%). A variação em Salvador (9,40%) refere-se a parcela não incorporada no IPCA-15 de julho, de modo a refletir a totalidade da variação dos reajustes ocorrido na região. Em Belém, a variação de 17,17% reproduz o reajuste médio de 17,50%, em vigor desde junho de 2017, que ainda não havia sido incorporado nos índices de preços.
A respeito dos índices regionais, Brasília registrou a maior alta (0,69%), em grande medida por causa do aumento da gasolina (9,93%), que foi superior à média nacional (3,76%), e das passagens aéreas (15,49%). A maior queda nos preços foi em Goiânia (-0,29%), com destaque para a energia elétrica (-2,96%) e a alimentação no domicílio (-1,90%), em especial o tomate (-31,22%) e o feijão-carioca (-18,50%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 16 de agosto e 13 de setembro de 2017 (referência) e comparados àqueles vigentes entre 14 de julho e 15 de agosto de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.


Fonte: IBGE