UFSB apresenta balanço na Comissão de Educação do Senado

Imprimir

Um balanço dos primeiros dois anos da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) foi realizado, dia 18/12/15, em audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), do Senado Federal. Os dados apresentados, de acordo com o reitor Naomar Monteiro de Almeida Filho, mostram uma instituição que procura valorizar a inclusão, a integração social, o desenvolvimento regional, o uso massivo de tecnologia da informação e a educação básica.

A criação da UFSB, com sede em Itabuna e com um campus em Porto Seguro e outro em Teixeira de Freitas, foi aprovada pelo Senado em maio de 2013 e sancionada pela presidente Dilma Rousseff junho do mesmo ano. O modelo pedagógico adotado se diferencia das demais universidades por permitir o ingresso dos alunos nos programas de bacharelado interdisciplinar, em que o estudante escolhe uma entre quatro grandes áreas de atuação: artes, humanidades, saúde e ciência e tecnologia. Após concluir o bacharelado, com duração de três anos, o aluno poderá fazer uma opção mais específica, escolhendo uma carreira profissional.

Além disso, a universidade oferece aos moradores dos municípios do sul da Bahia com mais de 20 mil habitantes a possibilidade de ingressar nos cursos por meio de colégios universitários instalados nas próprias localidades.

Inovações

O reitor da UFSB relatou que as inovações começam pelo regime letivo, que é quadrimestral de multiturno, e o currículo modular e flexível. As atividades desenvolvidas na universidade têm cobertura digital em tempo real, registradas em áudio e vídeo e retransmitidas para os alunos dos colégios universitários, que podem participar de forma interativa na sala de aula.

“A gente tem um conceito pedagógico que a melhor forma de aprender é fazendo. Todo aluno recebe um notebook, como fiel depositário, e a instrução é levar para casa, compartilhar com a família. É um orgulho para eles”, explicou o reitor, salientando que o próximo passo será implantar na região complexos integrados de educação em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e outras universidades. Segundo ele, a ideia é que escolas de ensino médio cedam espaço aos colégios universitários e se transformem em escolas de ensino integral pela manhã e à tarde. À noite, para os alunos trabalhadores, funcionará como centro noturno de educação.

Modelo

Lídice da Mata (PSB-BA), que foi a relatora do projeto de criação da universidade e uma das autoras do requerimento para a audiência pública, defendeu no Ministério da Educação a abertura de novas vagas para professores, uma demanda da universidade.  “Tenho grande expectativa de que essa possa ser uma experiência modelo a ser reproduzida em outros territórios brasileiros e, por isso, que ela possa acontecer exitosamente. Coisa que já vem efetivamente ocorrendo”, disse a senadora.

O coordenador-geral de Expansão e Gestão das Instituições Federais de Ensino do Ministério da Educação, Antônio Simões Silva, afirmou que o MEC deve acompanhar a experiência e torcer pelos bons resultados, para que as novas universidades também adotem o modelo. “Era interessante que o Brasil fizesse isso porque essa experiência inclui muito, o aluno não vem para a universidade, a universidade vai para o aluno”, ressaltou o representante do MEC.


 

Fonte: Ascom da UFSB