Três morrem e armas são apreendidas em ação policial para desvendar explosão em Eunápolis


Uma operação policial militar do BOPE, CIPE/Mata Atlântica, GRAER e 8°BPM resultou em apreensão de armas de fogo de uso restrito e três suspeitos mortos em confronto com a polícia, em 11/03/18.
Segundo a polícia, durante o cerco policial nos bairros Baianão e Vila Parracho, em Porto Seguro, cinco suspeitos de crimes resistiram a ação policial militar, com disparos de armas de fogo contra as equipes. Eles teriam fugido em direção à mata, oferecendo resistência. Em confronto com a polícia, três dos suspeitos foram feridos e socorridos, mas não resistiram e morreram.
Um deles teria atirado num policial militar que, de acordo com as informações policiais, está fora de perigo. “A operação visou à prevenção aos crimes violentos letais intencionais - CVLI. Os criminosos fazem parte de um grupo criminoso da região, que teve participação ativa no assalto a uma empresa de valores na cidade de Eunápolis, na última semana”, é o que informa um release da PM enviado à imprensa.
Na ação foram apreendidos um fuzil, uma metralhadora, um revólver calibre 38, explosivos e munição de diversos calibres, segundo a polícia. Todo o material apreendido foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Porto Seguro.
Manifestações contrárias às mortes
Em 12/03/18, populares protestaram contra a morte de dois dos três rapazes apontados pela polícia como suspeitos de terem participado da explosão na empresa de transporte de valores Prosegur, em Eunápolis. Eles passaram pelas ruas dos bairros Cambolo, Baianão, Paraguai e Vila Jardim.


Os manifestantes seguravam cartazes com frases de protesto e uma faixa de luto, com os nomes de Macsuel Santos Ribeiro, de 19 anos, e Marcelo Santos Ribeiro, 16, mortos na ação policial. Familiares afirmam que eles estavam em seu local de trabalho em uma fazenda no fundo do bairro Vila Parracho.
A mãe do outro suspeito, com prenome de Guilherme, a operadora de caixa Aline Oliveira, teria reclamado de que seu filho já havia se rendido e, mesmo assim, foi morto. "Era suspeito. Tinha direito de ser detido e investigado. Vou procurar a justiça", afirmou Aline, acrescentando que Guilherme era filho gêmeo.