Governo Federal apresenta resultado de estudo com nitazoxanida contra Covid-19

O estudo teve a participação de 1.575 voluntários em sete cidades

O Governo Federal afirmou que foi concluído o estudo clínico com o uso do medicamento Nitazoxanida em pacientes na fase precoce da Covid-19. O resultado dos estudos foi divulgado dia 19/10/20 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em cerimônia no Palácio do Planalto.

Segundo o estudo, o medicamento nitazoxanida é capaz de reduzir em até 94% a carga viral do paciente de Covid-19. Desta forma, além de promover a diminuição dos sintomas, o medicamento reduz a possibilidade de contágio. De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, as vantagens da nitazoxanida são o baixo custo e a falta de efeitos colaterais sérios. “Ele não pode ser usado para fazer a prevenção, só depois da detecção do vírus. Temos agora uma ferramenta que o Ministério da Saúde pode utilizar para ajudar a salvar vidas”, disse Marcos Pontes.

Conduzida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, a pesquisa contou a ajuda da campanha #500VoluntáriosJá, realizada pelo MCTI, que promoveu ações de divulgação nas cidades onde o protocolo era realizado.

Um total de 1.575 voluntários foram admitidos. O estudo ocorreu no estado de São Paulo, em hospitais de São Caetano do Sul, Barueri, Guarulhos, Bauru e Sorocaba; em Minas Gerais, na cidade de Juiz de Fora; e no Distrito Federal, em Ceilândia.

Os voluntários precisavam apresentar sintomas iniciais de gripe, como febre, tosse e fadiga. Eram então testados para o novo coronavírus e, em caso positivo, recebiam os remédios para tomar em casa, recebiam acompanhamento da equipe médica durante dias e, depois, retornavam para fazer novos exames.

RedeVírus MCTI

Para os estudos, foi criada em fevereiro a RedeVírus MCTI, com pesquisadores e cientistas para que dessem diretrizes para o combate à Covid-19. Uma delas foi a busca de um medicamento de reposição, ou seja, um remédio que já existe na farmácia para tratamento de outra doença.

Foram analisadas mais de duas mil substâncias para investigar a possibilidade de inibição da replicação viral do SARS-CoV-2. Deste total, cinco medicamentos mostraram-se promissores e foram submetidos a testes in vitro utilizando células infectadas com o vírus. A nitaxozanida foi o fármaco que apresentou a melhor capacidade de inibir a carga viral da Covid-19 nesses testes. Atualmente, é usada para tratamento de verminose.


Fonte: Com informações do MCTI e gov.br