PF diz que três acusados na Operação Fraternos estão foragidos

Durante entrevista coletiva realizada na terça-feira, 15/06/21, o delegado da Polícia Federal em Porto Seguro, Pancho Rivas, afirmou que são considerados foragidos três dos envolvidos na Operação Fraternos, que tiveram sua prisão preventiva decretada hoje. O delegado confirmou que a PF cumpriu mandatos de prisão em Porto Seguro, mas não quis revelar os nomes das pessoas que foram detidas. As informações apontam para a prisão do casal Robério e Claudia Oliveira, às 6h00, na residência do casal, no bairro Mirante do São Francisco.

Caberá agora à Justiça decidir se mantém a prisão preventiva ou converte em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Conforme o delegado, “provavelmente a audiência de custódia das pessoas que foram capturadas será realizada ainda hoje”.  Segundo Rivas, “o que a organização criminosa fez foi criar mais de uma dezena de empresas, simulando que competiam entre si. Todas essas empresas eram de parentes e pessoas ligadas entre si, que simulavam uma concorrência nesses certames, para contratar empresas que eram de interesse da organização criminosa e em seguida desviar os recursos correlatos a essas situações”.

R$ 240 milhões em licitações

Ele afirmou ainda que em valores licitados o esquema ultrapassa a soma de R$ 240 milhões. Mas que não era possível precisar quanto desses recursos foram aplicados nos municípios pela organização, que vinha atuando há mais de 10 anos e qual o percentual que foi desviado.

As prisões de hoje são decorrentes de pedido do Ministério Público Federal em função das informações apuradas nas investigações da Operação Fraternos, deflagrada em 2017, onde se apurou as atividades criminosas de uma investigação sediada nos municípios de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália, “responsável por direcionar licitações, lavar dinheiro e desviar recursos e outros delitos. Eles responderão por todos esses crimes, além de corrupção passiva, corrupção ativa e peculato”, informa o delegado da PF.

Os presos estão à disposição da Justiça e provavelmente agora eles vão responder à ação penal, às denúncias que já foram elaboradas em face dos crimes que foram identificados no curso da Operação Fraternos e vão se defender no curso do processo.


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