Cuidados dos participantes do Enem ao fazer as provas

De acordo com Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Especial,

o atual momento é pior do que a data inicial do Enem 2020, em maio do ano passado.

Devido à pandemia do novo coronavírus, que impossibilitou a realização de eventos que pudessem gerar aglomeração, o Exame Nacional do Ensino Médio 2020 (Enem), considerado hoje a principal porta de entrada ao ensino superior do Brasil, teve de ser adiado para 2021. A prova, que deve ser realizada em todo o país nos dias 17 e 24 de janeiro, viabiliza o acesso de estudantes às instituições de educação públicas e privadas brasileiras e, também, universidades conveniadas ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em Portugal.

Para evitar o contágio do vírus, o Ministério da Educação apresentou novas normas de segurança para esta edição do Enem. Além das regras já existentes, o edital prevê o uso obrigatória da máscara de proteção facial durante todo o período de realização da prova, usada da maneira correta, cobrindo o nariz e a boca. Entretanto, profissionais das áreas da saúde e educação apontam à ineficácia desses protocolos. “Protocolos de segurança existem desde o início da pandemia, mas será que são realmente eficazes?”, indaga Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Inclusiva. Segundo a especialista, a resposta negativa a esta questão se dá pelo alto índice de doentes e mortos no país.

Outro ponto negativo sinalizado pela especialista é o tempo de prova. “São várias horas dentro de uma sala fechada, então por mais que exista o distanciamento entre um participante e outro, o perigo ainda existe por estarem alocados dentro de uma sala fechada”, diz. “O Brasil vive uma alta no número de casos da doença nas últimas semanas. Estamos exatamente no pico da segunda onda de infecções, o que coloca em risco os candidatos, profissionais que estarão supervisionando as salas de aula e, também, as suas famílias”, afirma.

Com o agravamento da pandemia, surgiu um novo movimento pedindo o adiamento do Enem. Contudo, o Inep segue persistente com as datas ainda em janeiro. “Para os alunos que precisarão sair de suas casas para realizar o exame, a recomendação é que não toquem em momento algum na parte da frente da máscara, utilizem álcool em gel e se atentem ao distanciamento, principalmente nos momentos de entrada e saída da prova, para que não ocorra aglomeração", complementa Ana Regina Caminha Braga.


Fonte: Fernanda Glinka/P+G Comunicação Integrada