Moradores do Village I sofrem com alagamento constante

Moradores do bairro Village I, na Orla Norte de Porto Seguro, reclamam de um alagamento constante na rua dos Hibiscos, sempre que chove. Segundo eles, a água da chuva desce dos Villages II e III, passando pelo Trevo do Amor e desembocando na rua, formando uma piscina de lama. Eles afirmam que, por diversas vezes reclamaram na prefeitura e no Ministério Público, mas ainda não tiveram resposta.

De acordo com a moradora Cristina Bimbato, as reclamações foram feitas em nome do grupo Unido Forças, formado por vizinhos há quatro anos. Ela afirma que a associação do bairro apoia o grupo, e apresentou à prefeitura um estudo que propunha a instalação de bacias de equalização para reter um pouco dessa água. “O Village era para ser um loteamento, e hoje é um bairro sem estrutura. Cada um que vai construindo vai pavimentando e entupindo os riachos”, diz a moradora. Os riachos Chamagunga e Riacho Doce, cruzam o bairro e sofrem com o lixo jogado em nas margens. “Joga-se entulho, pois não há fiscalização”, denuncia.

A quantidade de água que desce pelos Villages II e III é tão grande, que, segundo Cristina, alguns vizinhos já perderam animais de pequeno porte, como cachorros. Na rua Hibiscos, um morador informou que paga mais de R$ 3 mil de IPTU. O grupo de moradores encaminhou solicitações às Secretarias de Obras e de Meio Ambiente. E afirma que o aviso de licitação para contratação de empresa especializada em pavimentação asfáltica é datada de 28 de fevereiro deste ano.

“Ano passado, o grupo Unindo Forças fez um abaixo-assinado com mais de 100 assinaturas, encaminhamos ao Ministério Público e não tivemos nenhuma audiência com o promotor. Tentamos umas quatro ou cinco vezes seguidas”, afirma Cristina. O protocolo de recebimento no MP-BA data de 03/04/19, conforme informou Cristina.

O alagamento constitui problema também para os carros que precisam passar pelo local. Além dos veículos dos moradores, os ônibus de turismo que trafegam na região, onde há grande número de hotéis e pousadas, comumente ficam atolados e têm avarias. Revoltados, os moradores instalaram faixas com os dizeres: “Sem calçamento, sem voto”, por toda a entrada do bairro, na avenida Norte Sul. “Há um mês, a prefeitura está mexendo no calçamento e não conseguiu avançar 30 metros”, diz Cristina.