Produção industrial baiana cresce 7,4%, de março para abril

Em abril, a produção industrial da Bahia cresceu 7,4%, frente ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais. O avanço foi o segundo maior do país, mas não conseguiu compensar o forte recuo que havia sido registrado na passagem de fevereiro para março (-10,0%).

Nessa comparação, foi o melhor abril para a indústria do estado desde o início da nova série histórica da Pesquisa Mensal Industrial do IBGE, em 2002.

Frente a março, a indústria da Bahia só teve desempenho inferior à de Pernambuco (+8,3%) e apresentou resultado bem acima da média nacional (+0,3%). De março para abril, a produção industrial cresceu em 10 dos 15 locais investigados pelo IBGE. Espírito Santo (-5,5%) e Pará (-30,3%) tiveram os maiores recuos nessa comparação.

Apesar do resultado positivo frente a março, no confronto com abril de 2018, a produção industrial baiana seguiu no negativo (-1,2%), embora num ritmo bem menor do que o verificado no mês anterior, quando a queda havia sido de 6,7%.

Nessa comparação com abril de 2018, o desempenho da indústria na Bahia acompanhou o movimento de queda verificado em 9 dos 15 locais investigados, mas ainda ficou acima da média nacional (-3,9%). Os piores resultados frente ao mesmo mês do ano passado também ficaram com Pará (-31,0%) e Espírito Santo (-18,0%), enquanto Ceará (6,5%) e Rio Grande do Sul (6,3%) registraram as maiores altas.

Com o desempenho do mês, a produção industrial na Bahia ainda segue em queda tanto no acumulado no ano de 2019 (-2,9%) quanto nos 12 meses encerrados em abril (-0,8%). No primeiro caso, o resultado está um pouco pior que a média (-2,7%) e, no segundo caso, um pouco melhor (-1,1%).

Recuo da indústria baiana em abril (-1,2%) foi fortemente influenciado pela fabricação de outros produtos químicos (-22,3%) e de veículos (-17,9%). A queda de 1,2% na produção industrial da Bahia, na comparação com abril de 2018, foi resultado do desempenho negativo da indústria de transformação (-1,7%), uma vez que a indústria extrativa teve crescimento de 9,6%.

Foi também um resultado concentrado em algumas atividades. Dos 11 segmentos da indústria de transformação pesquisados separadamente no estado, só 3 tiveram recuos de produção: fabricação de outros produtos químicos (-22,3%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,9%) e preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-1,0%).

Foram nessa ordem também os setores que mais puxaram a indústria baiana para baixo em abril, sendo que as influências de outros químicos e veículos foram bem mais significativas, com todos os produtos em queda no mês.

A fabricação de outros produtos químicos recua na Bahia seguidamente desde novembro de 2018. É um dos segmentos com pior desempenho em 2019, acumulando retração de 12,3% frente ao mesmo período do ano passado. Já a produção da indústria automotiva teve sua segunda queda forte consecutiva no estado e já acumula recuo de 11,0% no ano.

Por outro lado, das oito atividades da indústria de transformação com alta de produção em abril, na Bahia, o impacto positivo mais forte veio, mais uma vez, da metalurgia (+52,4%). Com a terceira alta de dois dígitos consecutiva, a atividade tem o melhor desempenho no estado em 2019, acumulando crescimento de 25,3% na produção, até abril.

O segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,2%) exerceu a segunda principal influência para cima, apesar de ter tido apenas a sétima alta. É a atividade de maior peso na estrutura da indústria do estado e apresentou seu primeiro resultado positivo neste ano – embora ainda acumule queda de 3,0% de janeiro a abril.


Fonte: IBGE