Sindicato dos policiais aponta riscos da superlotação da delegacia de Porto Seguro


O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindipoc) enviou, na primeira semana de março de 2018, um ofício ao Delegado-Geral da Polícia Civil, Bernadino Brito, com a solicitação, em caráter de urgência, de remoção de presos para outra Unidade policial.
No documento, a justificativa é a falta de segurança causada pela superlotação das celas, algumas delas improvisada, e a necessidade de tirar funcionários de setores como da investigação, para ficarem vigiando os presos nestas celas. “Essa situação coloca tanto a vida dos policiais que trabalham nas delegacias em risco como as dos próprios presos que ficam em uma iminência de uma tragédia. É um atentado contra a dignidade da pessoa humana que atinge o servidor e o detento”, afirmou o vice-presidente do Sindipoc, Eustácio Lopes. Veja o documento aqui.

Segundo o sindicato, a 1° Delegacia Territorial de Porto Seguro apresenta um quadro de total superlotação carcerária onde a unidade policial que possui capacidade máxima de abrigar 4 presos, em duas celas de seis metros cada, está com 47 detentos provisórios, sendo que, destes, 40 estão amontoados nas celas, dormindo em pé; e os demais estão nas salas de reconhecimento, pois são presos acusados de estupro e que não podem conviver com os demais presidiários devido ao risco de serem assassinados.
Lopes enfatiza que o policial civil tem formação técnica para elucidar crimes e não custodiar presos. “Essa é uma função do agente penitenciário. Portanto, configura-se como um quadro de desvio de função”.

O Presidente do Sindipoc, Marcos Maurício, pontua que, desde 2010, o Sindicato vem se mobilizando para resolver a situação de manter os presos nas carceragens da Polícia Civil sendo que estes são de responsabilidade da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP). Segundo ele, o Governo do Estado, teria conseguiu decisões judiciais que proibiram o sindicato de organizar mais ações dessa natureza sob pena de pagar multas muito caras.

Concurso abre mil vagas para delegado, investigador e escrivão

Encerram no dia 02/03/18, as inscrições para o concurso público da Polícia Civil da Bahia. O concurso oferece mil vagas para a corporação, sendo 880 para investigador, 82 de delegado e 38 para escrivães. As inscrições são feitas exclusivamente pela internet, no site da organizadora do certame, a Fundação para o Vestibular da Universidade Júlio de Mesquita Filho - Fundação Vunesp (www.vunesp.com.br), observando o horário de Brasília.
O edital, todas as informações estão disponíveis no website da instituição – bem como no Portal do Servidor (www.portaldoservidor.ba.gov.br). A taxa de inscrição custa R$ 160 para o cargo de delegado e R$ 140, para as funções de investigador de polícia ou de escrivão. O edital de abertura de inscrições foi publicado pela Secretaria da Administração (Saeb) no dia 19/01/18.
A remuneração inicial para os delegados de polícia, regime de trabalho de 40 horas semanais, atingirá o valor de R$ 11.389,96. Os investigadores e escrivães de polícia terão remuneração inicial de R$ 3.915,85, no regime de 40 horas semanais.


Fonte: Sindipoc e Saeb