Em Porto Seguro, pandemia agrava casos de violência doméstica

De acordo com a delegada da DEAM (Delegacia da Mulher), Teronite Bezerra, com a pandemia do Novo Coronavírus, o cotidiano de quem sofre agressão doméstica se agravou. Segundo ela, em Porto Seguro, do início do ano até o início de setembro, houve 591 registros de ocorrências de violência doméstica e abuso contra adolescentes, crianças, mulheres e idosos, envolvendo os seus cinco tipos: física, sexual, psicológica, patrimonial e moral. A maioria dos casos é de estupro de vulneráveis, e depois, de violência contra a mulher.

No dia da entrevista, a delegada contou que recebeu três denúncias anônimas de filhos que batem no pai. “Cada uma dessas ocorrências gera um inquérito policial”, diz. E com referência ao atendimento na delegacia, ela cita limitações com as quais se depara há muito tempo. “No caso de estupro de menores, imagine, as meninas são atendidas por legistas homens. Não tem uma legista mulher! E isso é terrível para uma pessoa que acabou de ser violentada por um homem! Ela vai ser examinada por outro homem!” A delegada pede ajuda para as autoridades, de uma forma categórica.

Para Dra. Teronite, a Delegacia Digital (www.delegaciadigital.ssp.ba.gov.br) ajuda nessa época de pandemia. Mas defende que o serviço precisa ser melhor divulgado E, além disso, serve melhor para crimes contra a honra, já que, em caso de violência, pessoas agredidas precisam comparecer para exames.

Com a pandemia, a DEAM está com o quadro de pessoal restrito, pois servidores que compõem o grupo de risco não estão trabalhando presencialmente. Por isso, a Delegacia da Mulher está com vagas para atuação de voluntários. Há vagas para a função de escrivã (destinadas a mulheres) e uma vaga para elaboração de estatísticas. Os interessados devem procurar a delegada Teronite Bezerra, na sede da delegacia.


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