Editorial edição 425

Publicado na edição 425 do Jornal do Sol 

O ano de 2020 ficará marcado na cabeça e no coração das pessoas por tudo de inédito e inimaginável que ocorreu. De bom e de ruim.  O Jornal do Sol fez uma enquete través do seu Instagram, perguntando aos leitores sobre os efeitos positivos e negativos da pandemia em suas vidas. De positivo, as pessoas apontaram a convivência familiar, a manutenção do emprego, melhoria da renda, valorização das coisas que realmente importam, oportunidade de aprimorar os dotes culinários, o amor a Deus e ao próximo, a comodidade dos cursos e reuniões virtuais, a capacidade de relaxar e deixar as coisas acontecerem, entre outras mudanças.

Mas se enquanto uns choram, outros vendem lenços, os mesmos fatores que influenciaram positivamente na vida de alguns, foram desagregadores e destrutivos na vida de outros.  Cresceram as situações de medo, ansiedade, desemprego, dívidas acumuladas, divergências familiares, interrupção de projetos, distanciamento social, enfim de alguma maneira todo mundo foi afetado de forma negativa por essa pandemia, que não foi a primeira, nem a última a atingir a humanidade. 2020 foi o ano em que a terra parou. Só que não.

Depois de atravessar três feriados pujantes, apesar de breves, Porto Seguro se prepara para as comemorações de final de ano e Verão, com os trabalhadores e empreendedores cheios de esperança, porém sem a menor certeza sobre os rumos que o futuro reserva para o turismo. Distritos onde a comunidade é mais atuante e proativa, como Caraíva e Santo André, em Cabrália, estão discutindo o perfil e o volume do turismo que desejam receber.  E não se mostram lá muito receptivos a grandes aglomerações. Mesmo sem saber aonde tudo isso vai parar, cada um vai traçando seu caminho.

Destinos que estão nas mãos de milhares de eleitores, que irão ajudar a construir, ou não, o futuro de suas cidades com a escolha dos novos prefeitos e vereadores. Em eleições também totalmente atípicas, quando juízes, promotores, mesários e eleitores estarão diante de novos desafios, em mais uma legítima manifestação da democracia. E que seja de boas escolhas, com os eleitores aprendendo realmente a votar, exercendo o seu direito de cidadão e escolhendo candidatos realmente comprometidos com a coletividade, em detrimento dos interesses pessoais.