A etapa da Copa Brasil e Campeonato Baiano de Águas Abertas em Porto Seguro foi marcada por uma terrível fatalidade. O nadador baiano Dielson Pereira Hohenfeld, 53, de Salvador, morreu durante a prova de 5 Km, na manhã de sábado, 13/04.
A prova tinha sido suspensa após mudança brusca nas condições do tempo e um temporal que se formou. Porém, Dielson não retornou à areia. As buscas foram conduzidas pela Marinha, Bombeiros e os organizadores da competição. O corpo foi encontrado no início da tarde. As demais disputadas que aconteceriam no fim de semana foram canceladas.
Em resposta ao Jornal do Sol, a assessoria da FBDA confirmou que havia “um contingente de 11 embarcações, incluindo lanchas e jet-skis, tanto da Federação quanto do Corpo de Bombeiros e da Marinha do Brasil, para garantir a segurança dos atletas. E a quantidade de atletas na água, cerca de 130, estava dentro dos limites considerados seguros para o contingente de equipamentos de segurança disponíveis”.
“No entanto, com a entrada repentina do vento e a mudança nas condições climáticas, a prova foi suspensa. Situações adversas como essa podem ocorrer em provas de águas abertas, e infelizmente, não são previsíveis de antemão”, disse a FBDA.
Pesar
Dielson era professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e tinha experiência em outras provas em mar aberto, como a Travessia Mar Grande - Salvador.
A Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA) e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), responsáveis pelo evento, divulgaram nota de pesar lamentando “a triste notícia do falecimento do atleta Dielson Pereira Hohenfeld durante a prova da Copa Brasil e Campeonato Baiano de Águas Abertas”.
Os organizadores disseram que “Dielson era um atleta extremamente experiente, muito querido por seus colegas de clube, conhecido por ser uma pessoa tranquila e amante dos esportes. A fatalidade ocorrida durante a prova de 5 km chocou a todos nós”.
“Neste momento de consternação, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e toda a comunidade esportiva que compartilhava da paixão e dedicação do atleta”, E que a FBDA e a CBDA “estão colaborando com as autoridades para que as medidas necessárias sejam tomadas no mais célere tempo possível”.
Mudança do tempo
De acordo com a FBDA, “não havia previsão de mal tempo. Entrou uma tempestade, que não fica identificada na previsão. É possível ver nas fotos de momentos antes da largada que as condições estavam boas, antes da tempestade aparecer”.
“Quando as condições do mar ficaram realmente adversas, a prova foi suspensa. Isso ocorreu após a primeira metade, quando os primeiros colocados do masculino e as três primeiras mulheres do feminino chegaram”.
A FBDA disse que, “até a primeira volta, por exemplo, a grande maioria dos atletas tinham conseguido fazer. Embora a gente entenda que a prova estava exigindo realmente um grau de dificuldade maior, pois havia um trecho de correnteza contra e um trecho a favor”.
E também que a FBDA “costuma separar entre 400 m e 450 m até a visualização de boia. Nesse caso, tinha menos, 300 m entre uma boia e outra. A distância estava dentro dos padrões. Havia também boia de referência”. E que “havia equipes do SAMU, do Bombeiros e da Marinha no local da prova, além de árbitros e embarcações da Federação”.
O evento contou ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de Porto Seguro, através da Secretaria de Esporte e Lazer do município, além do apoio institucional da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESD), Governo do Estado da Bahia.
Com informações da Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA) - Foto de capa: FBDA - Foto 2: reprodução Facebook
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