Meio ambiente: ou a gente colabora ou é o fim do planeta Terra

PUBLICADO NA EDIÇÃO 412 DO JORNAL DO SOL 

Não poluir mais água, terra e ar; agora é tarefa inalienável, indiscutível, que não aceita prorrogação, desculpas. Torna-se inútil repetir a lista dos sinais desta catástrofe iminente: enchentes, seca, incêndios, derretimento das geleiras, morte dos peixes e animais por ingestão de lixo. O sinal pior é que até a espécie humana está ameaçada por falta de comida, doenças misteriosas, violência, assassinatos.

Que modernidade, progresso, civilização são estes, se a espécie humana não consegue repartir o que é indispensável para a vida? Reparemos o absurdo: quase todas as pessoas mais ricas deste mundo são descendentes de imigrados, de pessoas que deixaram a Europa, ou as regiões impróprias para produzir alimentos e procuraram terras férteis e condições de vida melhores. Pois bem, agora, estes “ricos, descendentes de refugiados”, são os que mais perseguem imigrantes. Falta de memória, falta respeito à vida, falta compaixão! O que mais incomoda é que muitas vezes são eles, os ricos, os empresários, os donos de grandes fazendas, fábricas, refinarias, mineradoras, que mais poluem.

A defesa do meio ambiente não se resolve culpando os outros, os governos, as autoridades locais, os vizinhos, e depois continuar, por exemplo, a jogar lixo na rua ou caçando animais em extinção, desmatando as floretas sem critérios e controles; construindo em cada centímetro de terreno urbano, de encosta, de margens dos rios e mar. Também não são as queixas, as reclamações, manifestações e protestos que resolvem o problema. É preciso colaborar, cientes que “uma gota de agua não é grande coisa, mas até os oceanos são feitos de gotas”. Por isso torna-se indispensável a colaboração, por minúscula que seja.

Movimento de Defesa de Porto Seguro

Na nossa cidade, desde 10 de novembro de 1984, existe o Movimento de Defesa de Porto Seguro, MDPS. Uma “organização não governamental” reconhecida nos termos legais, sempre atuante. Os militantes recordam com orgulho que foi o MDPS que liderou a luta vitoriosa para que não fosse construída na nossa região uma usina de processamento de cana, para resguardar a prioridade turística da região. Não teve sucesso a tentativa de salvação da “Lagoa das Marrecas”, bem no centro da cidade e que agora está totalmente “construída”.

Nas comemorações dos “500 anos” o MDPS teve importante atuação, infelizmente frustrada pelos governantes. Teve um bom projeto, através do PDA - Cepoc Legal, que ajudou a cadastrar terras, recuperar matas ciliares, reflorestar áreas degradadas, inclusive recuperar parte do Rio dos Mangues e Ronco Água.

No dia 6 de agosto, o MDPS renovou a diretoria que ficou composta de: presidente: José Vicente C. Ortiz; vice-presidente: Sueli Teresa Abad; 1ª secretária: Gabriela Mateus de Fontes Silva; 2ª secretária: Tamara Carvalho Locerino; tesoureira: Edneia Moraes Ferreira; e conselho fiscal: Danilo Sette de Almeida, Marcio da Silva Regallo Braga e Antonio Tamarri. Mais informações pelo e-mail: mdps.ambiental@gmail.com.

Se ligue! Participe! Faça parte de uma turma consciente que quer colaborar para melhorar a vida em Porto Seguro e afastar o perigo da catástrofe ambiental que ameaça a nossa “Mãe Terra”.


Antônio Tamarri é professor de História e Teologia