Publicado da edição 426 do Jornal do Sol
Esta coluna tem como assunto principal tudo relacionado a imagem, estilo e comportamento. E como de praxe, esse mês de dezembro vim propor uma reflexão acerca desse ano atípico que vivemos. Como nos comportamos diante de situações extremas e inesperadas? Difícil responder a essa pergunta... e isso se dá por um único motivo: o ser humano é múltiplo e por conta disso não podemos esperar a mesma reação em pessoas diferentes.
Cada um tem uma vivência, experiências de vida e oportunidades diversas. Mas o fato é que diante de uma pandemia como essa que se apresenta, é de se esperar que todos colaborem entre si, mirando no bem estar comum. Não há nada mais elegante que a chamada sensibilidade periférica. É perceber o outro, tudo o que acontece ao seu redor e consequentemente respeitar o espaço alheio. É de suma importância desenvolver a noção de tudo que acontece à sua volta, entendendo que o seu espaço termina onde começa o do outro.
Infelizmente, esse caos que ainda se apresenta diante de nós todos, foi causado principalmente pela ausência do senso de responsabilidade com si e com os demais. Não podemos generalizar é claro, mas o que se percebe é que grande parte das pessoas não conseguiu desenvolver a noção de empatia e respeito. Tudo, absolutamente tudo que nos cerca tem a ver com o outro, uma vez que vivemos em sociedade e o meu comportamento ou atitude reflete diretamente na vida de outras pessoas.
Parece chover no molhado, mas os dias turbulentos que vivemos nos exigem novas regras de etiqueta, vamos dizer assim. A essência é a mesma: regras de comportamento que permeiam nossas relações interpessoais. Porém adaptadas às novas necessidades, sobretudo da manutenção da saúde coletiva. Usar máscara se precisar sair de casa, andar sempre com álcool gel para as horas em que não tiver condições de lavar as mãos com água e sabão, manter o distanciamento sugerido, não promover aglomerações e pra mim o mais importante: sempre, em qualquer situação, respeitar o espaço do outro.
Afinal, você pode até não querer cumprir todas essas regras, mas não prejudique o outro impondo a sua má conduta a terceiros. Nunca imaginei passar por uma situação em que a boa educação me exigisse não cumprimentar com um abraço ou aperto de mão um conhecido... mas é isso, novos tempos, novas exigências. Segue o baile.
Há de chegar o dia em que voltaremos a nos abraçar calorosamente e de nos reunirmos sem medo de estarmos muito próximos uns dos outros. Enquanto esse momento não chega, sugiro que cumpramos todas as regras de nova convivência estabelecidas e levemos a vida com muita fé e esperança de que logo essa tempestade vai passar. Sempre passa! Um Feliz Natal a todos e um novo ano repleto de energia positiva!
A tempo: gostaria de parabenizar o Jornal do Sol pelos 29 anos de trabalho sério comprometido com a verdade e imparcialidade. É um orgulho pra mim figurar entre os colaboradores de vocês.
Mariana Guerra é empresária e consultora de imagem