Kitesurf deixa as águas e o céu de Caraíva mais coloridos

Uma iniciativa tomada há sete anos tem deixado as águas de Caraíva, distrito de Porto Seguro, mais movimentadas e coloridas. O kitesurf, esporte aquático que utiliza uma espécie de pipa gigante e uma prancha, tem conquistado adeptos de diversas faixas etárias. De fácil aprendizado, está caindo no gosto de moradores e turistas que querem aproveitar de todas as formas as águas calmas do mar e do rio, além dos ares da vila.

A iniciativa de promover o ensino do esporte foi do professor Pedro Afonso de Souza Bomfim, de 25 anos, nascido e criado em Caraíva. Ninguém melhor do que um nativo para conhecer tudo de belo que a natureza local pode oferecer. “Aos 14 anos aprendi com um primo a praticar o kitesurf, porém não era comum a prática do esporte aqui na vila”, diz o professor. Ele conta que, na época em que tudo começou, nem todo mundo tinha como usufruir da prática do esporte e que ele próprio tinha que lançar mão das boas amizades para aprender.

 “Por ser um esporte caro e de difícil acesso - o equipamento completo varia de R$ 8 mil a R$ 15 mil -, muitas vezes eu pedia emprestado para os turistas para velejar, por ter me apaixonado pelo esporte logo de início”. Aos 18 anos ganhou seu primeiro equipamento de kitesurf. As aulas começaram em 2014, mas aos 20, “a procura foi muito grande e resolvi aos poucos começar a ensinar e abrir minha escola”, lembra Afonso.

Ele começou dando aulas para alguns amigos e turistas com o único equipamento que tinha. “E, através disso fui fazendo minha renda e vivendo das aulas de kite”. A escola é a Selva Kitesurf Caraíva, localizada na Barra, próxima ao encontro do rio com o mar e também onde o professor mora.

Vento e sol

A procura pelo kitesurf vem crescendo em Caraíva, segundo Afonso, e o número de alunos, aumentando a cada ano. O esporte é contraindicado para idosos e obesos. Para a prática, executada no mar, a pessoa fica com a pipa presa à cintura por meio de um equipamento chamado trapézio, muito parecido com um cinturão. Disposto sobre a prancha, o praticante comanda o kite manualmente com a barra. Sobre a água, a prancha é impulsionada pelo vento que sopra a pipa. Para o velejo perfeito são necessários bastante vento e sol. Com chuva não dá pra velejar.

O professor Afonso afirma que os alunos precisam de auxílio profissional para saber montar e desmontar o equipamento, além de ter noção do vento, da correnteza da maré e muita força de vontade para aprender. O curso completo tem duração de 10 horas e custa R$ 2 mil. “O aluno que aprende o básico do esporte e se torna um velejador nível iniciante, já está apto a entrar na água, velejar sozinho e vai se aperfeiçoando com o tempo”, garante. Podem participar pessoas a partir de sete anos de idade, segundo afirma o professor. Essa idade é o aconselhável, por motivos de segurança. Para quem já sabe velejar, os equipamentos estão disponíveis para locação. “Mas apenas para quem já tem mais de 30 horas de velejo”, enfatiza.

Comentários   

# Selva!Tonte 17-02-2021 21:06
Selva!
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# Parabéns Afonso!Alethea Costa 16-02-2021 23:02
"Muito legal ver um morador nativo aqui da vila ganhando destaque por seu empreendedorismo em esporte!"
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