Segundo IBGE, volume de serviços na Bahia cai em julho, incluindo o turismo


O volume do setor de serviços na Bahia voltou a cair 3,5% em julho, frente a junho, na série com ajuste sazonal, após ter crescido 1,4% de maio para junho. Na Bahia, as atividades de serviços ligadas ao turismo também voltaram a recuar (-2,0%), após terem apresentado crescimento (2,6%) de maio para junho, na comparação com ajuste sazonal (que desconsidera eventos como as festas juninas, por exemplo).
Frente a junho, a queda do turismo na Bahia (-2,0%) foi a quarta mais intensa e ficou próxima à média nacional (-2,1%). Nessa comparação, os destaques positivos vieram de Goiás (4,2%), Ceará (3,8%) e Santa Catarina (3,3%), enquanto as retrações mais intensas ocorreram no Distrito Federal (-3,6%), Espírito Santo (-3,5%), Rio de Janeiro (-3,1%).
Já no confronto com julho de 2016, o volume das atividades de turismo na Bahia teve uma leve variação positiva (0,1%), a menor dentre os seis estados com crescimento.
Na média nacional, o turismo teve recuo de 5,0% nessa comparação, influenciado pelas fortes quedas registradas no Rio de Janeiro e Distrito Federal (-22,2% em cada um). Os melhores desempenhos das atividades turísticas vieram de Goiás (13,8%) e Pernambuco (12,2%).
No acumulado no ano de 2017, o volume das atividades de turismo na Bahia ainda cresce 2,0%, resultado bem melhor que a média nacional (-6,2%). Já nos 12 meses encerrados em julho, os serviços ligados ao turismo ainda se mantêm em queda no estado (-2,6%), mas em trajetória de desaceleração da retração desde outubro de 2016 (-8,5%).
O setor de serviços em geral tem quedas seguidas na comparação com ajuste sazonal desde fevereiro (-6,0% de janeiro para fevereiro, -1,3% de fevereiro para março, -2,3% de março para abril e -0,3% de abril para maio).
Nessa comparação, o resultado negativo dos serviços baianos em julho foi bem pior que a média nacional (-0,8%) e seguiu o movimento de recuo verificado em 15 dos 27 estados. De junho para julho, o volume dos serviços cresceu mais em Rondônia (2,0%), Amazonas (0,8%) e Mato Grosso do Sul (0,8%). Por outro lado, os piores resultados estaduais para o setor vieram de Tocantins (-5,3%), Espírito Santo (-6,0%) e Mato Grosso (-7,0%). A queda da Bahia (-3,5%) foi a quinta mais intensa entre os estados.
Com o resultado negativo de julho, o volume de serviços na Bahia aprofunda o ritmo de queda em todas as demais comparações, mantendo-se pior que a média nacional. No confronto com julho de 2016, o volume dos serviços no estado caiu 8,3%, perda maior que a verificada em junho (-7,7%) e bem mais intensa que a média nacional (-3,2%).
No acumulado de janeiro a julho de 2017, os serviços na Bahia acumulam recuo de 6,5%, também com pequena aceleração do ritmo de queda em relação ao resultado do primeiro semestre (-6,2%) e maior que a média do país (-4,0%).
No acumulado em 12 meses, o setor no estado cai 7,5%, praticamente repetindo o resultado dos 12 meses encerrados em junho (-7,4%), frente a uma queda média de 4,6% no país. Nessa comparação, o setor vem em retração há quase dois anos, desde setembro de 2015 (-0,1%).
Nas comparações com 2016, os resultados dos serviços também se mantêm negativos para a grande maioria dos estados. Frente a julho do ano passado, só 3 dos 27 apresentam resultados positivos: Paraná (7,1%), Amazonas (5,6%) e Mato Grosso (5,3%). Da mesma forma, só três estados apresentam serviços em alta no acumulado no ano de 2017: Mato Grosso (4,2%), Paraná (4,0%) e Rio Grande do Norte (0,3%). Já nos 12 meses encerrados em julho, todos os 27 estados seguem em queda desde janeiro deste ano.
Única atividade de serviços em alta, transporte (6,9%) impede queda ainda maior do setor em julho, na Bahia
Frente ao mesmo mês do ano passado, em julho de 2017 (-8,3%), apenas uma das cinco atividades de serviços pesquisadas teve resultados positivos na Bahia: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio(6,9%).
Apesar do recuo disseminado entre as atividades, em julho, os Serviços profissionais, administrativos e complementares (-28,1%), que vêm caindo a dois dígitos desde março deste ano, continuaram exercendo a principal influência negativa sobre o desempenho do setor de serviços baiano. No ano de 2017, essa atividade já acumula queda de 16,5%.
Os serviços profissionais têm peso importante e respondem por pouco mais de 1/5 (22,5%) da estrutura dos serviços no estado. Trata-se de um grupo diversificado, com grande peso das atividades direcionadas às empresas (ligadas às áreas jurídica, contábil, de segurança, assessorias e consultorias em diversos campos), mas que também atendem as famílias (agências de viagem, empresas jornalísticas, entre outras). Outro destaque negativo em julho foi o recuo dos Serviços de informação e comunicação(-9,1%), que também têm peso significativo no setor de serviços na Bahia e aprofundaram o ritmo de queda em relação a junho (-6,5%).
O desempenho dos serviços baianos só não foi pior em julho por conta do crescimento do volume da atividade de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,9%), que tem o maior peso na estrutura dos serviços no estado, representando pouco mais de 1/3 do setor (35,6%).


Fonte: IBGE