Mobilidade urbana é desafio para pessoas com deficiência

Pessoas com algum tipo de deficiência física, especialmente deficientes visuais e cadeirantes, enfrentam grandes dificuldades para se locomover com autonomia pelas ruas.  E não são poucos. No Brasil, 23,9% (45,6 milhões de pessoas) declararam ter algum tipo de deficiência. Dessas, as duas mais comuns são a visual, que atinge 3,5% da população e a motora (2,3%).

E a realidade se agrava ainda mais com a ausência de passeios públicos adequados, que quando existem, na maioria das vezes, não atendem este público por conta dos obstáculos. Em Porto Seguro não é diferente. De acordo com o IBGE - senso de 2010 - temos mais de 30 mil pessoas com algum tipo de deficiência no município de Porto Seguro. E a falta de guias rebaixadas e piso tátil, por exemplo, atrapalham a independência das pessoas que tem algum tipo de deficiência.

Visual

Mas algumas entidades e pessoas vem para mudar a situação e fazer história. Como é o caso do percursionista Josafá Santiago, deficiente visual que, juntamente com a Fábrica do Ser, está treinando outros que tem as mesmas condições, para se locomoverem por Porto Seguro.

“Hoje temos 4 alunos, que estão aprendendo a explorar os caminhos. Pois é difícil você querer ir a um mercado e depender de outros”, comenta.

Josafá ressalta que em pouco tempo, os alunos já conseguem ter a independência tão sonhada. “Para ensinar o caminhar independente, foi feito uma espécie de mapeamento, de guias rebaixadas, lombadas e locais de mais fácil acesso, além de auxiliar o aprendizado do uso da bengala. Assim aqueles que tem a mesma deficiência que eu, podem aproveitar o seu direito de ir e vir”, finaliza.


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