A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) é programa que estimula a cultura científica, o saber investigativo, a inovação e o empreendedorismo em jovens e educadores da Educação Básica e Técnica do Brasil. Desde 2003, são escolhidos 500 semifinalistas dos estados brasileiros e os melhores são convidados a participar de uma grande mostra de projetos científicos e tecnológicos, na Universidade de São Paulo. O encontro mobiliza uma rede nacional de feiras afiliadas e seleciona finalistas para competições e feiras internacionais e promove oportunidades para estudantes e professores em temáticas relacionadas a Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (Steam).
Destes 500 classificados, 22 são baianos e oito vem de instituições públicas, que tem desenvolvido os projetos no âmbito do programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado (SEC-BA). Os classificados são das instituições Colégio Estadual Ana Lúcia Castelo Branco, de Brejões; Colégio Estadual Antônio Batista, de Candiuba; Colégio Estadual Castro Alves, de Adustina; Colégio Estadual José Antônio de Almeida, de Santanápolis; Centro Territorial de Educação Profissional de Serrinha, em Serrinha; Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, de Santa Bárbara; Centro Juvenil de Ciência e Cultura, de Barreiras; e Centro Juvenil de Ciência e Cultura – Central, de Salvador.
Prática
O professor de Física do Colégio Estadual Ana Lúcia Castelo Branco, Elifa Miranda Mascarenhas, destaca que ao longo da sua jornada como professor de iniciação científica entende que a prática tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento acadêmico, intelectual e profissional dos estudantes, estimulando o questionamento, assim como a análise e a interpretação das informações de maneira crítica. “Eles aprendem a avaliar evidências, formular hipóteses e chegar a conclusões baseadas em dados. Tenho observado que essa prática estimula a curiosidade, levando-os a explorar temas de seu interesse”, afirmou.
Sob sua orientação, os estudantes Taís Soares dos Santos, Tainá de Jesus Guedes e Mikael da Silva Bispo criaram dispositivos detectores de obstáculos para deficientes visuais, o que os levou à classificação. Motivados pela vontade de ajudar uma colega com deficiência visual, bem como pela oportunidade de aplicarem o conhecimento científico no cotidiano, é que o grupo de estudantes decidiu criar detectores de obstáculos.
Ajuda
Para Taís Soares Santos, 18 anos, a ciência é um instrumento poderoso e que só faz sentido se for em prol da vida. “É gratificante desenvolver algo para ajudar as pessoas. Nossa colega Esther Pinheiro tem dificuldade visual. Nossa ideia foi utilizar a tecnologia, a partir do que aprendemos em sala de aula, para minimizar ao máximo as barreiras do dia a dia dela, permitindo uma melhora significativa dos seus padrões de marcha, velocidade de caminhada, mobilidade e, ainda, derrubar as barreiras sociais e possibilitar a inclusão social”, enumerou ela.
Foram desenvolvidos dois protótipos detectores de obstáculos, a partir da adaptação de dois sensores ultrassônicos – um sensor no boné e outro no cinto –, que emitem um sinal de onda na frequência do ultrassom. Dessa forma, quando a pessoa se aproxima de algum obstáculo, um motor de vibração é acionado como alerta. Com esses sistemas, é possível ao usuário se locomover com menos dificuldade e mais segurança.
Com informações e foto da Secretaria da Educação do Estado (SEC-BA)
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