Engarrafamentos irritam usuários; prefeitura responde

O verão ainda nem começou, mas os turistas que enfrentaram a quarentena e querem aproveitar esse início de pandemia controlada já lotam Porto Seguro. Com isso, alguns problemas de mobilidade vêm à tona. Como são os casos da estrada da Pitinga, do Centro do Arraial, da estrada da balsa, rua Cova da Moça, Orla Norte e outras, não têm suportado o movimento intenso. As obras de requalificação da Passarela também contribuem para complicar ainda mais o trânsito.

No Arraial, a realização do mais importante evento esportivo da região, o Brasil Ride, trouxe visitantes e receitas para a região. Por outro lado, tornou caótica a vida de moradores e comerciantes da Pitinga, por exemplo. Com o fechamento da estrada, moradores não conseguiam chegar ou sair de suas casas. Nas barracas de praia, os turistas só conseguiam chegar a pé.

Para o funcionário público aposentado, residente do Loteamento Corais do Arraial, João Batista Fusquine, a interrupção do trânsito para eventos fere os direitos dos moradores. “Independentemente das soluções que se encontrem não pode haver interrupção de trânsito. Acidentes, emergências, causas outras não planejadas são toleráveis, porém programar interrupção de via sem alternativa é complicado”, informa.

Soluções

 A empresária de bar e restaurante na Praia de Pitinga e moradora local, Leo Faria explica que gosta muito do Brasil Ride, porém, precisa de soluções para que sua realização seja harmoniosa e respeite as necessidades dos moradores, empresários, como também, dê segurança aos atletas. “Acho um evento bonito e emocionante, mas é preciso organizar o trânsito, nos locais da prova, isolando parte da pista para os atletas, deixando a outra parte para trânsito em um único sentido, impedindo terminantemente qualquer veículo de estacionar ao longo da estrada de Pitinga”, propõe.

“O caminho alternativo, passando pelo Vilas, ainda é pessimamente sinalizado. Antes dos pontos de fechamento das pistas, precisam existir pontos de informação sobre restrições para que os motoristas tenham opção de retornar e tomar outras decisões. Mesmo com a adoção de medidas como mais controladores de trânsito e faixas, não têm surtido melhorias efetivas”, declara, sugerindo que seja criada uma comissão para elaborar um plano de ação e comunicação.

Outro morador indignado com a situação é o cirurgião dentista Leonardo Martins, que mora na estrada da Pitinga. Ele ainda revela que a discussão não deva se limitar apenas ao Brasil Ride, mas sim a toda a alta temporada. “O que ocorreu no Brasil Ride foi um absurdo e a solução passa por criar sempre uma rota alternativa para todos circularem. Já para o Verão, pode-se transformar todo o trecho em mão única, para amenizar os problemas e proibir o estacionamento às margens da estrada”. 

O empresário Eduardo Maré, há mais de 28 anos na Pitinga, sempre foi a favor de eventos e ao Brasil Ride, mas revela que a cada ano a organização piora. Ele revelou que esse ano não conversaram com moradores e comerciantes do local e não houve cumprimento de horários de abertura e fechamento de trânsito. “Nem mesmo os guardas de trânsito sabiam informar corretamente o que estava acontecendo. Resultado foi um caos para moradores e comerciantes. Meu comércio em pleno feriado ficou vazio porque turistas não conseguiram chegar na Pitinga”.

Resposta

Em resposta a essa reclamação, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Porto Seguro informou que estão sendo realizados estudos de engenharia com técnicos na tentativa de amenizar/solucionar o problema dos engarrafamentos. Durante o feriado de 15 de Novembro, foi realizada a contagem de veículos em pontos estratégicos do Arraial d'Ajuda, com objetivo de traçar esse mapeamento e definir estratégias que possam melhorar a situação do trânsito no distrito.


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