Estudantes baianas desenvolvem filtro de palma

A palma é uma planta utilizada para alimentar rebanhos na seca e que ganhou mais uma importante utilidade, pelas mãos e ideias das estudantes do Colégio Estadual Petrina Novais Silva Cairo, no município de Caraíbas, Jéssica de Oliveira, Julia de Oliveira e Quelli Cristina, orientadas pela professora Naiara Patez, que desenvolveram um filtro que tem como base principal a palma.

Segundo Jéssica, o projeto, que faz parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, e é um dos selecionados para a 10ª Feira de Ciência, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (Feciba), começou a partir da aula eletiva de natureza, onde estavam estudando tratamento de água e a situação do município em que vivem, onde uma parte da população na zona rural não tem acesso à água tratada.

“Então, a professora nos pediu para levar ideias de materiais com um fácil acesso na região que daria para fazer um filtro. Após diversas pesquisas, resolvemos trabalhar com a fibra da palma, que tem em grande quantidade na nossa região”, explicou.

Prática

A partir da coleta de informações, as alunas começaram os testes práticos, observando a quantidade da planta que precisa ser utilizada, o processo de limpeza que a fibra faz e como montar o filtro. Além da palma, o produto também é composto por areia e algodão.

“No filtro, a água passa pela camada maior de fibra da palma triturada grosseiramente, depois por camadas bem pequenas de areia e algodão. No caso do algodão, seu uso foi pensado para reter os demais materiais do recipiente usado para montagem do filtro. Todo esse caminho possibilita a retenção de um número muito alto de impurezas com uma melhora visual da turbidez já testada e comprovada”, diz Julia.

Simples e Acessível

Quelli Cristina espera que o produto possa ajudar as famílias da zona rural que não têm acesso à água, melhorando, de maneira simples e acessível, a vida das pessoas que não têm acesso à água limpa.

“Assim, eles podem filtrar água acumulada no período de chuvas, de barragens, de açudes, entre outras formas. Em todos esses casos, a água vem acompanhada de muitas impurezas. Então, como a fibra da palma, o algodão e a areia são materiais que temos em abundância na nossa região, e em várias outras, podemos levar um produto barato e acessível para a população”, pontua.

A orientadora Naiara Patez, informa que as estudantes estão na etapa desenvolvimento e iniciarão a fase de teste em laboratórios. “Vamos melhorar o filtro cada vez mais, fazer testes de laboratório, construir o filtro em tamanho de uso nas casas e aplicar em pelo menos duas comunidades rurais da nossa cidade até o final de 2023. Após esse processo, pensamos em replicar e, quem sabe, chegar a mais locais que precisem tanto de acesso à água filtrada. É um produto inovador. A palma da qual utilizamos a fibra está presente nos quintais de muitas casas, o que deixa seu custo baixo, o que torna um diferencial para atingir a população que está nas camadas mais carentes”, afirmou.


 Com informações e foto da Ascom Gov BA 

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