Pais, professores, alunos, canoeiros, bugueiros e lideranças indígenas fizeram mais uma manifestação na travessia de Caraíva por conta das más condições da educação indígena no distrito. Na manhã de terça-feira, 18/10, eles fecharam o distrito por cerca de cinco horas e reivindicaram melhora nas condições de educação, além do pagamento e contratação de professores. A manifestação durou até 12h30.
O diretor da Escola Indígena de Barra Velha, Kaiones Santos, por meio de nota oficial, disse que “as turmas do 1°, 2° e 4° do Ensino Fundamental I (90 alunos) estão sem professores desde o início do 2° semestre de 2022, quando professoras entraram em licença maternidade do início do mês de julho e até o presente momento ainda não foram contratadas novos professores para suprir essas vagas”.
Outra solicitação é a contratação do professor de Língua Materna (Patxôhã), para o Ensino Fundamental II e Ensino Médio e a manutenção dos ônibus escolares. “É triste informar que falta manutenção nos ônibus escolares que prestam atendimento aos alunos. Nesse ano letivo os alunos das rotas da Aldeia Porto do Boi, Xandó, ficaram sem transporte escolar tendo prejuízos por aproximadamente 90 dias letivos. Desta forma exigimos transporte escolar de qualidade para nossos alunos. Pois esses problemas já não podem persistir”.
A nota ainda informa que a unidade de ensino está sem contratação de auxiliares de limpeza, administrativo e merendeiras desde o início deste ano. “A secretaria Municipal de Educação de Porto Seguro tem ciência das reivindicações. Pois já houveram várias reuniões com o prefeito e secretários e os problemas não foram solucionados. Portanto estamos na luta pela qualidade da nossa educação”, finaliza a nota.
Foto: Reprodução
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