O 22 de Abril foi agitado em Porto Seguro, quando o presidente Jair Bolsonaro participou na cidade das comemorações dos 522 anos do descobrimento do Brasil. O presidente chegou por volta das 14h e foi direto para a Cidade Histórica.
O cerimonial cancelou a motociata programada com o presidente, alegando falta de estrutura. Mesmo assim, centenas de motociclistas de Porto Seguro, Arraial d´Ajuda, Trancoso, Cabrália e outros municípios demonstraram seu apoio com muito barulho e buzinaço.
Antes, pela manhã, indígenas saíram do Trevo do Cabral e atravessaram as principais ruas da cidade, com faixas e cartazes de protestos contra o presidente, a quem chamavam de genocida e pediam sua saída.
Clima de campanha
Na Cidade Histórica, Bolsonaro foi ovacionado por uma multidão formada por moradores, turistas e evangélicos que participavam do congresso Resgate da Nação e da Marcha para Jesus. Em clima de campanha, o presidente teve seu nome exaltado durante os discursos no palanque montado ao lado da Igreja da Pena.
O prefeito Jânio Natal agradeceu a presença do presidente, deu as boas vindas; e entregou a ele a medalha “22 de Abril - Aniversário de Porto Seguro”. Falaram também o pastor Renê Terra Nova, coordenador congresso evangélico e o ex-ministro da Cidadania e deputado federal João Roma.
Bolsonaro aproveitou para mandar um recado aos indígenas. “Fiquei sabendo que alguns indígenas estavam fazendo manifestações contra mim, mas temos um projeto no congresso que, se aprovado, eles poderão fazer com a terra o mesmo que o fazendeiro pode, ou seja, explorar as riquezas da sua propriedade”.
Bolsonaro voltou a criticar o lock down imposto na pandemia e falou dos impactos da guerra para a economia do Brasil e do mundo. Ele reafirmou seu apoio à candidatura da médica Raissa Soares, uma das precursoras do chamado tratamento precoce para a Covid e se disse defensor da autonomia médica, encerrando com seu slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!”
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