Cirurgias robóticas ganham espaço na medicina

A cirurgia geral é uma área da medicina que exige a constante atualização dos profissionais. Com o avanço das novas tecnologias, os procedimentos tendem a se modernizar. No momento, as cirurgias robóticas são o que há de mais atual na área e, por isso, têm ganhado mais espaço e atraído médicos a se especializarem.

Segundo os dados da empresa alemã Statista, o mercado mundial de cirurgias robóticas está em expansão e tem a expectativa de alcançar a marca de US$ 12,6 bilhões nos próximos quatro anos. Mas outras áreas médicas também podem se beneficiar com o uso da cirurgia robótica. Esse tipo de procedimento tende a ser menos invasivo e mais ágil, tanto em duração, quanto no tempo de recuperação do paciente.

Expansão

No Brasil, esse tipo de cirurgia começou a ser usado em 2008, sobretudo, nas áreas de ginecologia e urologia, conforme informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobracil). O modelo de robô mais utilizado no país é o “Da Vinci Xi”, que possui vários “braços” e permite ao médico-cirurgião uma visão 3D dos órgãos do paciente. O equipamento tem a capacidade de ampliar as imagens vistas pela câmera em até 20 vezes, o que possibilita movimentos mais precisos e menos invasivos, além de tornar o pós-operatório menos doloroso e mais rápido.

Foi utilizando esse equipamento que o Programa de Robótica da Casa de Saúde São José, em parceria com o Grupo Oncoclínicas, no Rio de Janeiro, atingiu a marca de mil cirurgias robóticas realizadas nos últimos dois anos. Segundo informações da instituição, o robô foi usado em cirurgias oncológicas, urológicas, ginecológicas, do aparelho digestivo, bariátricas, torácicas, de cabeça e pescoço.

Também com um robô do modelo “Da Vinci Xi”, a Santa Casa de Santos/SP realizou a primeira cirurgia robótica em janeiro deste ano e, desde então, passou a oferecer o serviço para os pacientes da região da Baixada Santista.

Popularização

Em 2021, o robô “Versius” chegou ao Brasil com a proposta de popularizar a cirurgia robótica. O primeiro modelo do equipamento, que tem origem britânica, foi instalado na Rede D’or São Luiz, que tem a proposta de oferecer um Centro de Treinamento para a qualificação de profissionais de todo o país.

De acordo com a Sobracil, o “Versius” oferece vantagens para pacientes, médicos e hospitais. No casos das pessoas submetidas à cirurgia, a tecnologia reduz o risco de infecções, complicações e reinternações. Os resultados clínicos também são mais rápidos, o que reflete em menor tempo de hospitalização e um período mais curto para o pós-operatório.

Para os profissionais, a Sobracil explica que a tecnologia oferece maior conforto e facilidade para o manuseio. Dessa forma, o tempo para o aprendizado sobre o uso do equipamento é menor. Já para os hospitais, o “Versius” apresenta a vantagem do custo-benefício, pois tem a flexibilidade de atender um número maior de cirurgias.


Graciele Nocelli (colaboradora) - Foto: Freepik

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