Manifestantes do Movimento de Resistência Camponesa fecharam a estrada de Trancoso, na altura do trevo que dá acesso à Itaporanga, Caraíva e adjacências na manhã de sábado, 20/08. Cerca de uma centena de pessoas atearam fogo em pneus e galhos de árvores. Apesar da fumaça e do transtorno, não houveram feridos e ninguém foi preso. A polícia acompanhou a ação do manifestantes, que só terminou cerca de 12h30, com a chegada da polícia tática.
Os manifestantes reivindicavam, entre outras coisas, uma retração de Rede Globo, que veiculou matéria no dia anterior ao fechamento da via, no Jornal Nacional, falando das invasões de terra na região de Trancoso.
Direito
De acordo com os manifestantes, a matéria não expressava a realidade do movimento, que luta pelo direito da terra. Porém, segundo um secretário municipal entrevistado pela reportagem, os invasores seriam pessoas, inclusive com posses e bens financeiros, que têm a intenção de lucrar explorando as terras e que têm causado um grande prejuízo ambiental no local, especialmente na ocupação conhecida como Mirante do Rio Verde, que fica em uma área de preservação permanente próxima à praia com 112 hectares, invadida desde 2020.
A estimativa é que que quase 4 mil famílias estejam vivendo nesta, e em mais duas propriedades que são alvo de disputa judicial e reintegração de posse. Os processos estão correndo no Tribunal de Justiça da Bahia. Por três vezes, desembargadores se declararam suspeitos para decidir e o TJBA vai ter que redistribuir o processo.
Entenda o caso
Após a matéria do Jornal Nacional de sexta-feira, 19/08, que mostrou a invasão de fazendas no trevo de Trancoso, membros do Movimento de Resistencia Camponesa fecharam a pista de acesso a Trancoso e distritos e bairros de Porto Seguro, como as praias de Curuípe, Itaporanga, Espelho e Caraíva, impedindo a passagem de turistas, moradores e trabalhadores.
A matéria veiculada pelo Jornal Nacional, mostrou tanto jovens do ‘Movimento de Resistencia Camponesa’, quanto autoridades municipais e falou sobre um suposto esquema de financiamento, que viria de um político e que fomenta estas invasões, que tem um fim mercadológico e não de reforma agrária.
O problema, neste caso, e que a invasão acontece em uma área de preservação ambiental. No entanto, no Tribunal de Justiça da Bahia, quatro desembargadores se dizem suspeitos para julgar a reintegração de posse.
Foto: Débora do Carmo
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