Na noite de 05 de janeiro, por volta das 22 horas, a bióloga marinha, Thais Melo recebeu uma visita inusitada, em sua casa no bairro Quintas do Arraial, situada em uma rua perpendicular à Estrada da Balsa, no Arraial d´Ajuda. Ao se aproximar de sua residência, ela percebeu que seus cachorros latiam além do normal. Quando foi ver o que era, se deparou com um tamanduá-mirim caminhando sobre o muro, onde existe uma cerca elétrica, que felizmente não estava funcionando.

Segundo a bióloga - que trabalha no CEAD, além do projeto Coral Vivo e do Baleia à Vista (de observação de baleias), da Cia do Mar - o animal, que se alimenta de insetos e de sementes, ficou caminhando pelo muro em busca de busca de comida, depois desceu tranquilamente explorando o quintal e entrando embaixo dos arbustos. A bióloga ficou acompanhando o movimento do bicho até a meia noite. Pela manhã, ele já não estava mais no local.

Observação

“Foi incrível, é um animal lindo. Eu consegui ter duas horas de observação tranqüila. Ele chegava pertinho de mim, coisa mais linda. Foi realmente uma experiência muito bacana. A gente fica preocupada. Será que ele conseguiu ultrapassar todos esses muros? E os cachorros? Mas ele estava super bem, super ativo. Hoje eu encontrei um amigo que me disse: ‘sabia que essa espécie de tamanduá significa sorte?’. Então eu já vou começar o ano bem”, conta Thais, que sempre atuou na defesa dos animais.

O Tamanduá-mirim possui um tipo de colete preto com duas faixas nas costas e não é tão grande quanto as outras espécies. Essa espécie vive preferencialmente em florestas, são solitários, habitam as árvores, são mais ativo à noite e possuem garras fortes e afiadas para escavar cupinzeiros e formigueiros. Por serem lentos, são alvos fáceis de caçadores, porém, em nenhum aspecto são negativos aos humanos, desempenhando papéis ecológicos fundamentais para o equilíbrio da natureza.

Foto: Arquivo pessoal Thais Melo

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