Mesmo na baixa, passagens aéreas estão nas alturas

 

Nas últimas semanas, o valor das passagens aéreas tem subido vertiginosamente. Os preços praticados pela Cias aéreas estão muito mais altos do que os praticados em novembro. Em Porto Seguro, a chamada 'baixa temporada', época em que normalmente, devido à diminuição de turistas oferecem maior demanda de voos e consequentemente menores preços, em 2022, tem sido diferente.

Esta semana, em pesquisa realizada em sites de cias aéreas e de venda de passagens, média de preços para o trecho São Paulo – Porto Seguro – São Paulo está na faixa de R$ 1.500. Uma diferença de mais de 50% se comparado a novembro do ano passado, quando a média era de R$800. Isso sem contar em outros trechos com valores ainda maiores.

Motivo

Para entender o motivo desta alta de preços, o Jornal do Sol contatou as aéreas Latam, Azul e Gol. Segundo nota da Latam, “a vulnerabilidade externa em função da guerra na Ucrânia impacta diretamente no preço do petróleo e, consequentemente, no preço do querosene da aviação (QAV) e nos custos da empresa. Diante disso, precisou realizar ajustes nos preços de passagens”, esclareceu.

A Azul informou que “em relação à política tarifária, os preços praticados na comercialização de seus bilhetes variam de acordo com uma série de fatores importantes como trecho, sazonalidade, compra antecipada, disponibilidade de assentos, entre outros. Além disso, a companhia ressalta que a alta do dólar e do combustível também são elementos que influenciam nos valores das passagens”, explicou.

Já a Gol, até o momento de postagem desta matéria, não havia se pronunciado.

Rodoviário

Outra rota que também sofreu alteração nos valores foi a rodoviária. A mesma rota do trecho Porto Seguro – São Paulo, em novembro custava em torno de R$ 250. Atualmente, o valor é 55% mais caro (R$ 450).

A inflação também tem impactado a economia e consequentemente, o aumento nos preços.  Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ela subiu 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro. Este é o maior resultado para o mês desde 1994, quando a inflação chegou a 42,75%, período pouco antes da implementação do Plano Real. O percentual de março também configura como a maior taxa mensal para o índice desde janeiro de 2003, quando foi de 2,25%.


 Foto: Reprodução

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