E o prêmio de sobrevivente vai para...

Lorena Bomfim

“Você comeu isso e não morreu”

“Apanhou e não morreu”

“Não mamou e tá aí”

“Deixa chorar que acostuma você chorou e está viva”.

Com certeza você já ouviu algumas frases como estas.

Mas afinal, a ideia central é criar filhos ou sobreviventes?

Então os convido a uma reflexão, quais características você quer que seu filho tenha na fase adulta, vocês querem que eles apenas sobrevivam, ou assumam as rédeas de suas próprias vidas? Quais qualidades e características você quer que seu filho tenha?

Como a evolução faz parte do desenvolvimento, muita aspectos da nossa sociedade também vem mudando na últimas décadas, incluindo a nossa compreensão sobre como as crianças crescem e aprendem, e a maneira como a ensinamos a serem capazes, responsáveis e confiantes também deve mudar , pois, hoje há inúmeras pesquisas que comprovam o quão prejudicial a falta de conexão afetiva e a violência pode ser para uma criança, métodos punitivos podem até funcionar a curto prazo, contudo ecos irreparáveis, incluindo sobre seu próprio valor e capacidade.

Conforme a criação neuro-compatível uma criança é altamente influenciada pelas suas primeiras experiências de vida e um ambiente com baixo estresse é o precursor de um bom desenvolvimento físico e mental.

É preciso ter responsabilidade emocional ativa na criação dos nossos filhos, pelo bem comum e pela sua própria individualidade e as ações, crenças e decisões tomadas pelos pais durante esse processo vão moldar e impactar as suas experiências futuras.

Forte né?! Já dizia uma sábia raposa "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Então sejamos bons exemplos, pois essa história do faço que eu mando e não olhe o que eu faço só funciona na teoria. Uma criança precisa de conexão e empatia para viver e se tornar um adulto saudável, dá para se ofertar um ambiente de amor e tranquilidade, com regras e limites sim, contudo com respeito e dignidade.


 Lorena Bomfim é doula, mãe, educadora perinatal e consultora em amamentação. Escreve sobre os diversos temas do mundo materno infantil, além de lives semanais no Instagram pelo @amadrinhar. (Foto: Reprodução)

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