Plano Ferroviário da Bahia aponta corredores estruturais e necessidade de integração logística 

A Secretaria Estadual do Planejamento do Estado realizou uma reunião, na quarta-feira dia 22de março, cuja pauta foi o Plano Estratégico Ferroviário da Bahia, para apresentação do estudo desenvolvido pela  Fundação Dom Cabral (FDC). O encontro contou com a presença de secretários estaduais, gestores públicos e diretores de entidades empresariais.  

O plano ferroviário baiano, concluído no final de 2022, revelou oportunidades em infraestrutura ferroviária e uma proposta de reestruturação da malha, a partir da demanda de transporte e análises de pré-viabilidade, segundo o Coordenador do Núcleo de Infraestrutura, Supply Chain e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende.

A projeção para o Estado é a implantação de uma malha ferroviária integrada ao restante do País, a conclusão da FIOL – Ferrovia da Integração Leste-Oeste, e a reconfiguração dos trechos ferroviários existentes, que integram corredores estruturais importantes: Salvador - Belo Horizonte; Salvador – Juazeiro;  Salvador – Recife. 

Potencial 

De acordo com o diretor executivo da Usuport – Associação de Usuários dos Portos da Bahia, Paulo Villa, o potencial econômico da Bahia, em função da sua localização geográfica, possuindo uma das maiores costas brasileiras, com 11 portos e Tups (Terminais de uso privado), que favorece não só a integração regional, como o fluxo de embarcações que navegam as rotas transoceânicas, contrasta com o custo da logística de transporte.  

“A Baía de Todos-os-Santos deveria ser a maior plataforma de logística do Brasil. É um dos melhores sítios portuários do mundo, já que temos uma das operações mais baratas. Nós temos um canal de acesso profundo, natural, que não precisa ser dragado e uma acessibilidade muito rápida para entrar e sair do Porto de Salvador, além de uma dádiva divina que é o clima, que nos permite operar 24 horas por dia nos 365 dias. Embora a gente esteja exposto ao vento sul, nós temos 2.400 metros de quebra-mares. Mas não existe porto sem ferrovia, nem ferrovia sem porto”, conclui. 

Projeção

Quem também defende esse investimento nas ferrovias é o Presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, Antônio Carlos Tramm. “A Bahia precisa sair desse isolamento logístico. Somos o terceiro maior produtor de minérios do País e podemos ter resultados melhores, mas para isso, precisamos de um trem que funcione, para aumentar a competitividade dos nossos produtos, não só da mineração como também do agronegócio, e consequentemente gerar mais emprego e renda”, declarou. 

 Secretário do Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida, reforça a importância do Plano Ferroviário para o Estado. “A Bahia tem um grande potencial no segmento de Mineração. A produção mineral baiana comercializada alcançou aproximadamente R$ 1.8 bilhão só em janeiro e fevereiro de 2023. Esse volume pode ser ainda maior, mas é necessário que exista uma logística de transporte para que esse minério produzido tenha por onde ser escoado. E isso passa pelas ferrovias”, disse. 

Conforme ressalta o Secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, os fatores favoráveis à Bahia para ampliação, a mobilização da gestão estadual  e o alinhamento com o Governo Federal são condições para fazer acontecer o projeto. “Esse é um momento muito oportuno, enquanto estamos tratando da formulação do plano de investimentos (2024-2027), que terá uma programação da infraestrutura. Aquilo que for competência legal da Bahia, nós iremos trazer de forma muito robusta no Plano Plurianual (PPA). Nos acabe agora, avaliar as modelagens, estratégias e políticas públicas”, comentou.


 Com informações da Ascom Gov BA Foto: Reprodução

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