Moradores do Arraial fazem abaixo assinado e pedem retirada de palco

As festas no palco instalado na praça São Brás, no Centro do Arraial d’Ajuda, têm causado transtornos aos moradores do entorno. Por conta disso, foi realizado um abaixo-assinado para a retirada do equipamento e suspesão dos eventos. O documento foi entregue à secretaria Municipal do Meio-Ambiente e encaminhado ao Ministério Público. Os shows fazem parte da Campanha de Verão ‘Lembranças que Dão Saudade’, da prefeitura de Porto Seguro.

Segundo a hoteleira Ana Carolina Oliveira, que também endossa o abaixo assinado, os moradores se reuniram para pedir a retirada do palco, que fica a menos de 3 m de algumas casas e tem causado transtornos, perturbação e poluição sonora. “O palco fica localizado ao lado da casa de moradores, diversos deles idosos, outros que possuem crianças, animais de estimação e pessoas com problemas crônicos de saúde. O barulho feito constantemente por equipamentos de som, gritaria, algazarra, dentro da praça por seus frequentadores que ali se aglomeram tem atrapalhado a vida desses cidadãos”, comenta.

Descumprimento

A empresária ressalta que em sua visão, a prefeitura tem descumprido suas próprias regras e leis, já que mesmo as apresentações na Praça do Hippies têm horário para terminar: antes de meia-noite. Um exemplo disso, foi o show do Domingo, 31/12, que teve início 21h30 e foi até às 2h da manhã. Os moradores, no abaixo assinado, se pautam em leis e decretos estabelecidos e aplicados dentro do município (747/2006), da Constituição Federal (1988 - CF), na Lei de Contravenções Penais (3688/41 – LCP) e na Lei de Crimes Ambientais (9605/98).

Ana Carolina revela que os moradores não estão impedindo a realização do evento com este abaixo assinado e com o pedido do MP. “O nosso pedido é que o evento seja feito em outro local. Sempre fizeram no Parque Central, no Campo. Além dos moradores ainda há pousadas. Eles colocaram em um lugar impróprio. Uma pessoa da Prefeitura até comentou da possibilidade de alterar o horário do show, mas vimos no Réveillon o que aconteceu: teve paredão até às 7h da manhã, fora que o local não está preparado para receber um grande público”, ressaltou.

O local onde foi instalado o palco não oferece estrutura para os convidados, não há instalação de banheiros químicos e o policiamento também não é ostensivo. A empresária revelou que a polícia foi chamada para várias ocorrências, mas não tinha efetivo para tal. “A Cippa nem atende ligações ou chamadas à noite/madrugada e ficamos à mercê. Quem vai controlar esta multidão?”.

O Jornal do Sol está tentando entrar em contato com a prefeitura para ouvir a versão dos promotores dos eventos.


Foto: Débora do Carmo

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