Monitoramento revela aumento histórico de baleias jubarte

Uma parceria entre o Instituto Baleia Jubarte (IBJ) e a Veracel Celulose, concluiu um levantamento que estima população de 25 mil baleias jubarte no litoral brasileiro. Oara chegar a esse número, um monitoramento aéreo foi realizado pelo Instituto em cerca de 6.200 Km, iniciando na divisa do Ceará com o Rio Grande do Norte até o litoral norte de São Paulo.

Segundo o IBJ, o número se aproxima ao de 200 anos atrás, quando a população desses mamíferos chegava a 30 mil mamíferos. O monitoramento aéreo é realizado a cada três anos, desde 2003 e tem como objetivo estimar a população das jubarte que visita o litoral brasileiro. No primeiro ano da ação foram registradas 3.660 jubartes.

Para Enrico Marcovaldi, um dos fundadores do Projeto Baleia Jubarte e que acompanhou todo o esforço de proteção da espécie nos últimos 34 anos de atuação do Instituto, esta nova marca é motivo de comemoração.

“Depois de décadas de atuação na proteção das baleias, ver essa população quase totalmente recuperada dá uma enorme alegria e uma sensação de dever quase cumprido. Quase, porque sempre temos que atuar para evitar que elas voltem a ser ameaçadas por impactos das atividades humanas”, destaca.

Berçário

O Sul da Bahia, principalmente a região de Abrolhos é um importante berçário das jubartes ficam de junho a novembro e a Veracel é a apoiadora da iniciativa do IBJ para essa ação na costa dos estados da Bahia e Espírito Santo, onde a empresa opera sua logística marinha de celulose.

Segundo coordenador de Meio Ambiente da Veracel Celulose, Tarciso Matos, para a Veracel, é de extrema importância apoiar o Instituto Baleia Jubarte, nosso parceiro de longa data, também no monitoramento aéreo das baleias na região em que atuamos.

“É com este trabalho, somado às demais ações e o monitoramento constante feito pelo Instituto, que conseguiremos conhecer, cada vez mais, como está o comportamento da espécie e como podemos trabalhar para aperfeiçoar cada vez mais as nossas operações para minimizar os riscos ao meio ambiente e à vida desta espécie tão importante para nosso ecossistema”, ressalta.

De acordo com a bióloga Márcia Engel, coordenadora do monitoramento aéreo, este é o estudo de mais longo prazo já realizado com uma população de baleias no Brasil. “Com ele, é possível acompanhar a cada ano não apenas a recuperação do número de animais da espécie, como a forma como ela foi reocupando nossas águas territoriais. Foi baseado nos resultados deste monitoramento que o Ministério do Meio Ambiente, em 2014, retirou a baleia-jubarte da Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção”, explica, ressaltando ainda que a adoção de uma série de medidas que ajudaram na preservação da espécie, em especial em sua época de reprodução como o mapeamento para identificar os locais de concentração de baleias e traçar uma rota de navegação das barcaças de celulose em áreas com a menor presença desses mamíferos, reduzindo os riscos de colisão.

Inteligência Artificial

Para isso, a Veracel Celulose conta também com uma câmera térmica para alertar sobre a presença das baleias e registrar o comportamento delas. O objetivo é auxiliar as embarcações na identificação desses animais e apoiar o trabalho de biólogos do IBJ embarcados nos navios, que fazem o transporte de celulose da Veracel, para acompanhar a movimentação das baleias na rota.


Com informações e foto da Veracel Celulose  

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