Centro de reabilitação de tartarugas completa um ano de operação

 

O pioneiro Centro de Reabilitação de Tartarugas Marinhas (CRTM) do Extremo Sul da Bahia, fundado e gerido pela Veracel Celulose no Terminal Marítimo de Belmonte, comemorou seu primeiro aniversário com importantes conquistas.

Neste primeiro ano de operação, o Centro recebeu 15 tartarugas marinhas resgatadas pelas equipes do próprio Programa de Monitoramento de Quelônios da Veracel e duas tartarugas entregues por órgãos ambientais.

Dessas, sete chegaram vivas ao CRTM. Duas já dois foram soltas de volta ao mar, outros dois animais não resistiram e três seguem em tratamento. Os animais que não sobreviveram passaram por necropsias para determinar as causas da morte.

"O processo de reabilitação de tartarugas marinhas é complexo e repleto de desafios. Neste primeiro ano, enfrentamos atendimentos constantes e simultâneos que mantiveram nossa equipe especializada intensamente ocupada, sendo que muitos dos animais tratados são grandes e pesam mais de 50 quilos", diz Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da Veracel.

 

 

"Compreender as causas que afetam a saúde desses animais é essencial para desenvolver estratégias de conservação eficazes e fornecer dados importantes para futuras políticas públicas de preservação", destaca.

O CRTM possui capacidade para reabilitar até quatro animais simultaneamente em uma área de 600 m². A estrutura de recuperação e necropsia complementa o Programa de Monitoramento de Quelônios da Veracel, que desde 2005 monitora 35 km de praias ao redor do Terminal Marítimo de Belmonte, durante a temporada reprodutiva de tartarugas marinhas, que ocorre entre setembro e abril.

 

14 mil filhotes

Com o início de setembro, inicia-se também mais uma temporada reprodutiva de tartarugas marinhas no Sul da Bahia. O Programa de Monitoramento de Quelônios da Veracel acompanha, há 19 anos, a presença dos animais, a postura dos ovos e a localização dos ninhos para garantir sua proteção.

Na última temporada, de setembro de 2023 a abril deste ano, foram registradas 322 ocorrências reprodutivas, com 268 resultando em desova e 198 ninhos. Foram postados 19.892 ovos, dos quais 14.874 filhotes nasceram vivos.

"A recuperação para mais de 14 mil filhotes, igualando os níveis da temporada 2021/2022, é um resultado extremamente positivo e encorajador que valida nossos esforços no cuidado com as tartarugas marinhas em nossa região", comemora Matos.

Na temporada reprodutiva de 2022/2023, foi registrado o nascimento de cerca de 11 mil filhotes. Além disso, na temporada 2023/2024, 140 ninhos apresentaram uma taxa de eclosão superior a 70%, indicando boas condições de incubação e cuidados adequados.

Existem cinco espécies de tartarugas marinhas no Brasil. Todas já tiveram registro de desova na região do monitoramento. Nesta temporada, os ninhos da espécie tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) foram os mais predominantes. Em seguida, vieram os ninhos de tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), de tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) e de tartaruga-verde (Chelonia mydas).

A tartaruga-oliva e a tartaruga-cabeçuda constam na Lista Nacional das Espécies Ameaçadas na categoria de espécies Vulneráveis, enquanto a tartaruga-de-pente consta categorizada como Em Perigo (Portaria MMA Nº 148, de 7 de junho de 2022).

Tanto o Programa de Monitoramento quanto o CRTM da Veracel são executados em alinhamento com as diretrizes do Centro TAMAR/ICMBio e demais autoridades ambientais brasileiras.

 

Dia da Árvore

Para marcar a passagem do Dia da Árvore, 21/09, a Veracel Celulose divulgou números que refletem seu compromisso com a com a conservação e restauração das florestas brasileiras, além do combate às mudanças climáticas. De acordo com a empresa, 100 mil hectares são destinados à preservação ambiental.

Os impactos positivos para o território incluem a disponibilidade hídrica, aumento da polinização das florestas cultivadas e nativas, remoção de CO2 da atmosfera e a manutenção da biodiversidade. A empresa afirma também que tem como premissa destinar 1 hectare para a vegetação nativa para cada hectare de eucalipto plantado para sua produção de celulose.

 

 

“Em um momento em que o Brasil enfrenta incêndios florestais devastadores, o Dia da Árvore não é apenas uma data comemorativa, mas um chamado urgente à ação. Precisamos olhar para nossas florestas e reconhecer que cada árvore plantada, cada área preservada, é melhoria na qualidade de vida da sociedade”, alerta Luiz Tápia, diretor de Sustentabilidade da Veracel.

A Costa do Descobrimento abriga a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de Mata Atlântica do Nordeste, a Estação Veracel. Com mais de 6 mil hectares de floresta nativa protegida, a reserva é parte de um esforço de conservação promovido pela empresa e abriga 115 nascentes hídricas em sua área.

A RPNN completa, em novembro, 26 anos com uma longa trajetória de ações de reflorestamento, educação ambiental e de contribuição com as comunidades científicas e acadêmicas. A reserva, gerenciada pela Veracel, foi reconhecida pela Unesco como Sítio do Patrimônio Mundial Natural por desempenhar importante papel na proteção de espécies da fauna e flora globalmente ameaçadas de extinção.

 

Remoção de carbono

A Veracel informou também que, em 2023, a empresa conseguiu remover 1,9 milhões toneladas de CO₂ da atmosfera por meio de suas plantações de eucalipto e atividades de restauração florestal.

Suas emissões foram neutralizadas, contribuindo ainda com a captura de 80% a mais de gases de efeito estufa. Estes números refletem a importância da união das florestas plantadas e nativas na captura de carbono, contribuindo para a mitigação do aquecimento global.

 Além de suas contribuições para a captura de carbono, a Veracel possui a meta de restaurar 400 hectares de florestas nativas por ano. A companhia também possui diversas ações de combate ao desmatamento e adota uma política rigorosa de manejo florestal sustentável.

As práticas de plantio em mosaico, que mantém as florestas nativas em platôs e intermeia com o plantio de florestas de eucalipto, são reconhecidas internacionalmente, ajudam a prevenir erosões, proteger o solo e manter a integridade dos biomas locais, permite a circulação da fauna propiciando a manutenção dos de ecossistemas presentes no território.

 A empresa ainda disponibiliza uma ferramenta para o combate de incêndios florestais, a Rede de Percepção de Fogo (RPF) e por meio do número 0800 799 9802 e WhatsApp (73) 99925-0430, a população das comunidades e dos municípios vizinhos pode notificar possíveis focos de incêndio, seja nas plantações de eucalipto da empresa ou nas áreas de floresta nativa situadas dentro dos seus limites de atuação.


Com informações da agência Feishman - Fotos: divulgação Ambipar e Veracel

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Cidade Histórica sedia até sábado mais uma edição do Festival de Aves

 

A Cidade Histórica de Porto Seguro é novamente o cenário escolhido para o Festival de Aves 2024. O evento é gratuito, aberto ao público, começa na quinta, 29/08 e vai até sábado, 31/08, e traz uma programação para todas as idades. Haverá oficinas, atividades educativas, exposições, palestras com especialistas e a atrativa observação de aves ao ar livre.

O festival tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância da conservação da natureza. Usando, como o principal atrativo, a observação de aves livres, uma atividade que tem crescido nos últimos anos e vem se tornando uma tendência em turismo ambiental.

“Nossa região abriga diversas espécies de aves, incluindo algumas raras e endêmicas, ou seja, que existem apenas aqui na Costa do Descobrimento. Por essa razão, organizar um festival voltado para a educação ambiental, com ênfase na observação de aves, é uma maneira crucial de conscientizar tanto a comunidade local quanto os turistas sobre a importância da preservação do meio ambiente e da nossa região”, destaca Regina Damascena, analista ambiental da Veracel e organizadora do evento.

O festival é uma realização da RPPN Estação Veracel, em parceria com a RPPN Rio do Brasil, o Parque Nacional do Pau Brasil, o Refúgio da Vida Silvestre Rio dos Frades, a Universidade Federal do Sul da Bahia e conta ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de Porto Seguro.

Este ano se juntaram para a realização do evento outras três Unidades de Conservação do território, o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, o Parque Nacional do Descobrimento e o Parque Nacional do Alto Cariri.

Na área da Estação Veracel já foram registradas mais de 260 espécies de aves e muitos observadores de aves visitam a RPPN todos os anos com esse propósito. Além disto, 18 publicações científicas nacionais e internacionais relacionadas à avifauna na RPPN Estação Veracel já foram publicadas.

 

 

Serviço:

Festival de Aves de Porto Seguro 2024

Data: 29 a 31/08/2024

Horário: 9h às 16h (quinta e sexta) e 13h às 16h (sábado)

Local: Cidade Histórica de Porto Seguro


Com informações da Fleishman - Foto: site estação Veracel

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Planta nativa da Mata Atlântica vira fonte de renda para agricultura familiar

 

Nativa do Brasil e presente em toda a costa do país, a “erva-baleeira” ou “maria-preta” (Varronia curassavica) se espalha facilmente e é considerada uma planta invasora nas áreas agrícolas e de pastagens.

Porém, a ciência já confirmou os inúmeros benefícios da espécie, e o que antes era queimado e descartado no preparo da lavoura de outras culturas, agora se tornou fonte de renda para agricultores familiares da comunidade de Miramar, no município de Eunápolis, no Sul da Bahia.

Atualmente, o preço do quilo do óleo varia entre R$ 1,6 mil a R$ 3 mil. Apesar da demanda de mercado ainda ser limitada, esse possui um grande potencial de expansão.

 

 

A nova oportunidade de negócio foi identificada a partir do projeto Desenvolvimento Socioambiental para a Agricultura Familiar (DSAF) desenvolvido pelo Núcleo de Estudos em Agroecologia Pau-Brasil (NEA Pau-Brasil), da Universidade Federal do Sul da Bahia, em um Acordo de Cooperação Técnica, Científica e de Inovação com a Veracel Celulose, indústria com operação na região.

“A UFSB fez a identificação da ocorrência da espécie na região, fez análises da composição química do óleo junto a Universidade Federal do Paraná, depois, estudos dos aspectos agronômicos da planta e começou a acompanhar e orientar os processos produtivos desses agricultores para auxiliá-los a potencializar sua renda com a terra”, explica Carolina Kffuri, pesquisadora responsável pela identificação e pesquisa do óleo e que hoje faz parte do time de Responsabilidade Social da Veracel.

“Em geral, esses agricultores escolhem seus cultivos pelo valor de mercado, se esquecendo da grande biodiversidade que existe em suas áreas.  E foi o caso aqui, fizemos uma bioprospecção e encontramos a Varonia curassavica, a base do primeiro fitoterápico produzido integralmente no Brasil”, completa.

O projeto DSAF, sob coordenação da Prof. Dra. Gabriela Narezi em parceria com o Instituto Fotossíntese, capacitou os agricultores nos processos de colheita, armazenagem e extração de óleo e desenvolveu um plano de negócios que demonstrou para a comunidade o potencial de obtenção rápida de renda a partir do beneficiamento da planta.

O resultado da colheita experimental da planta nativa foi convertido em venda inicial de 15 quilos de óleo essencial, que é a unidade de medida utilizada na venda do produto.

“No começo, pouca gente acreditou no projeto porque achavam que a planta era uma praga, mas com a pesquisa nós montamos uma equipe de sete famílias, colhemos as folhas e vimos que dava um óleo de qualidade”, ”, comenta Claudio Batista, agricultor de Miramar.

“Acredito que essa planta pode ser o nosso futuro familiar porque dentro da nossa região poucos colhem e não tem no mercado um óleo como esse. A gente espera um resultado de crescimento na comercialização e que esse óleo saia com o nosso selo aqui da associação Miramar. Espero um dia ver nosso óleo sendo vendido no Brasil e em vários outros locais do mundo”, planeja.

A planta possui diversos registros de uso tradicional e reconhecidas propriedades anti-inflamatórias devido ao princípio ativo chamado alfa-humuleno, e é vendida nas farmácias como pomada ou spray de uso tópico, o óleo essencial é indicado para problemas relacionados a contusões e artrite, sendo utilizado em produtos para massagens que trazem alívio das dores. Por conta disso, ela tem um grande potencial de venda para o mercado de óleos essenciais, cujo cultivo, atualmente, ainda é pouco difundido em comunidades agrícolas familiares.

O beneficiamento das folhas da planta é feito em uma dorna, equipamento doado pela Veracel para a extração do óleo das folhas na sede do projeto Instituto Fotossíntese, outro parceiro da iniciativa. A dorna tem capacidade de 300 litros e é feita de inox 316L, material qualificado para que as famílias possam solicitar a certificação do óleo para ser vendido para a indústria farmacêutica, algo que futuramente poderá trazer mais rentabilidade para a comunidade.

A longo prazo, é possível que as famílias tenham uma dorna comunitária ou até mesmo equipamentos próprios para o beneficiamento dessa planta e de outras espécies. No momento, há alguns gargalos para a instalação do equipamento na comunidade, como questões relacionadas à potência da rede elétrica e acesso à água de qualidade.

“A produção do óleo essencial feito na Miramar leva em conta os aspectos sociais, por ser uma produção feita totalmente por agricultores familiares, e aspectos ambientais, por se tratar do uso e da preservação da biodiversidade brasileira. Isso adiciona ainda mais valor a esse produto”, explica Carolina.

A associação Miramar é uma comunidade com 1.212 hectares divididos em 84 lotes onde moram diversas famílias de agricultores. O projeto piloto que começou com 6 famílias, já conta com novos interessados na comunidade e deve se expandir nos próximos anos.

 

Projeto premiado

O projeto da UFSB faz parte do programa “Desenvolvimento Socioambiental da Agricultura Familiar”, uma parceria entre a Veracel Celulose e a universidade para apoiar o desenvolvimento da agricultura familiar da região Sul da Bahia.

“Desde 2013, a Veracel apoia as famílias da comunidade de Miramar e de mais 20 comunidades da região no desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. A companhia também se propôs a buscar parceiros estratégicos para apoiar e capacitar os agricultores para um processo contínuo de desenvolvimento de suas plantações, de forma sustentável”, diz Alexandre Campbell, gerente de Responsabilidade Social e comunicação da Veracel.

“A parceria com a UFSB faz parte desse processo. Os resultados que estamos vendo são muito gratificantes e mostram que, quando a iniciativa privada trabalha com responsabilidade social e se une às instituições de pesquisa, o ganho para o desenvolvimento regional é bastante significativo e inovador”.

Em 2023, o projeto da comunidade Miramar ganhou o primeiro lugar no 14º Prêmio Indústria Baiana Sustentável, promovido pela da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) na categoria “Trabalhos da Academia (pós-graduação) e de Centros de Pesquisas Aplicadas”.

Em setembro de 2024 irá para a banca de qualificação o primeiro trabalho de mestrado feito com a “maria-preta” da Miramar que irá comparar os princípios ativos dessa espécie coletada na comunidade de Miramar e colocada em 3 diferentes condições: plantada novamente na Miramar, no campus da UFSB em Porto Seguro e no campus da UFPR em Curitiba.

A UFSB também é parceira da Veracel no apoio a outras comunidades, como a de Nova Vitória, também em Eunápolis, em que está sendo implementado o plantio de Melaleuca alternifolia ou Tea Tree, uma planta nativa do sul da Austrália, já consolidada no mercado de óleos essenciais. Das folhas dessa árvore é destilado o óleo de essencial, que também pode ser usado como antifúngico com amplo potencial para ser utilizado como defensivo agrícola (bioinsumo).

Além da maria-preta e da melaleuca mais dez espécies de plantas estão sendo estudadas pelo projeto com o propósito de gerar renda para as comunidades.

 

Capacitações para as comunidades

Dentro do escopo do projeto, em agosto foram realizados cursos para capacitar agricultores familiares para a produção sustentável de óleos essenciais, aproveitando a biodiversidade local, como no caso da erva-baleeira, além de uma capacitação focada em planos de negócios sustentáveis.

Os treinamentos foram realizados pela Veracel, pelo Instituto Fotossíntese, o Instituto de Pesquisas Ecológicas e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e da Universidade de Yale. O curso priorizou agricultores já envolvidos nos projetos apoiados pela Veracel e a procura foi tão alta que gerou uma lista de espera para um próximo curso, previsto para ocorrer durante a Semana Nacional de Ciências e Tecnologia na UFSB.

O evento contou com a participação de representantes da Veracel, outras organizações sociais, e agricultores das associações Nova Vitória e Miramar, reforçando a rede de colaboração e o compromisso com o desenvolvimento sustentável da região.


Fonte e foto: Fleishman e divulgação Veracel

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Inédito: Ibama solta 35 araras vermelhas na Mata Atlântica em Porto Seguro

 

Em uma ação inédita, 35 araras-vermelhas-grandes foram reintroduzidas pelo Ibama na Estação Ecológica do Pau-Brasil, em Porto Seguro. A reintrodução dos animais faz parte de um projeto desenvolvido pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama local.

As aves são provenientes de cativeiros e foram apreendidas em operações de combate ao tráfico de animais silvestres. A espécie Ara chloropterus chegou a ser extinta em ambiente natural entre os séculos 19 e 20. O projeto do Cetas conta com o apoio de diversas empresas, entidades e organizações ambientais. Incluindo a Veracel.

 

 

A Estação do Pau-Brasil fica próxima da área da Reserva Natural Estação Veracel. A presença da mata nativa bem preservada nessa região foi crucial para a escolha do local de soltura, proporcionando um habitat adequado para as aves.

A parceria com a Estação Veracel inclui ações de conscientização ambiental junto às comunidades do Extremo Sul sobre a importância da preservação dessa e outras espécies.

“A união de esforços possibilitou a soltura do primeiro grupo de araras-vermelhas-grandes, individualmente identificadas para permitir seu monitoramento na natureza,” conta Cid José Teixeira, chefe do Cetas/BA.

"O sucesso da reintrodução será avaliado pelo monitoramento pós-soltura de longo prazo, que inclui o acompanhamento dos animais e o registro do consumo de alimentos disponíveis na natureza, da ocupação das caixas-ninhos e da produção de filhotes. A meta é alcançar a persistência de uma população selvagem sem intervenção humana", explica Teixeira.

 

 

“É fundamental que a comunidade da região esteja ciente e participe ativamente na preservação dessas araras-vermelhas reintroduzidas. Ao avistar uma arara-vermelha, é importante não capturar esses indivíduos, uma vez que as aves têm um papel importante no equilíbrio ambiental”, destaca Virginia Londe de Camargos, bióloga e gerente de Meio Ambiente da Veracel.

“A presença dessa espécie é relatada em vários documentos de Pedro Álvares Cabral, em 1500. As aves são emblemáticas para a história do Brasil! Precisamos que as pessoas tenham consciência de sua importância e que é papel de todos nós garantir sua proteção e seu bem-estar”, reforça.

 

Dicas da especialista

Virginia Camargos lista algumas dicas para que a população saiba o que fazer se avistar um dos animais, que tendem a circular nas áreas de reserva nativa da região:

- Mantenha uma distância segura. Quando encontrar uma arara-vermelha, admire sua beleza de longe. Aproximar-se demais pode estressar a ave e interferir em seu comportamento natural.

- Não alimente as araras. Elas araras precisam aprender a encontrar seu próprio alimento na natureza. Alimentá-las pode torná-las dependentes e dificultar sua adaptação ao ambiente selvagem.

- Não capture ou tente acariciar as aves. Capturar ou tentar manter a arara como animal de estimação é ilegal e prejudicial ao ecossistema. A intenção é que elas possam restabelecer sua população em seu habitat natural, e não devemos interferir.

- Relate avistamentos. Se avistar uma arara-vermelha, reporte a localização ao Ibama. Isso ajuda no monitoramento e na proteção das aves.

- Compartilhe informações com amigos e familiares. Explique a importância de deixar as araras viverem livres na natureza. A educação ambiental é fundamental para a conservação das espécies.

- Conserve a mata nativa. Não faça desmatamento e promova o plantio de árvores nativas. As araras precisam de um ambiente saudável e diversificado para sobreviver e prosperar.

- Não entre em áreas restritas. As áreas de soltura são cuidadosamente selecionadas para a reintrodução das aves. Respeitar essas áreas garante que as araras possam se adaptar ao seu novo ambiente.

O Cetas/BA do Ibama em Porto Seguro pode ser acionado pelo telefone (71) 98426-6575 ou pelo e-mail  cetas.portoseguro.ba@ibama.gov.br.

Também é possível avisar à Polícia Ambiental (CIPPA) de Porto Seguro pelo telefone (73) 99807-1353; e à Secretaria de Meio Ambiente de Porto Seguro pelo telefone (73) 99824-6948.


Com informações e fotos do Ibama e Fleishman (Guilherme Molina)

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