A morte da jovem Nayra Gatti, de apenas 14 anos, dia 10/12, está mobilizando a comunidade de Caraíva, que cobra respostas sobre o que ocorreu com a menina. Na sexta-feira, 17/12, uma semana depois de ter sido encontrada morta, a moradores farão um ato para pedir justiça por Nayra.
O manifesto acontece às 14h, na travessia. Haverá uma paralisação do comércio, hotelaria e restaurantes. Os canoeiros, durante o ato, não farão a travessia do rio e passeios de barco também não serão realizados.
O caso
No dia 10/12, o corpo da jovem foi encontrado com sinais de violência, próximo à igreja de Caraíva. No dia anterior, o pai da menina havia comunicado a conhecidos seu desaparecimento, e a comunidade se mobilizou para procura-la. Foi achada por um morador, já sem vida. Na ocasião, o distrito estava sem energia elétrica.
A revolta tomou conta da localidade. Uma postagem cobrando respostas sobre a morte da adolescente viralizou nas redes sociais. A responsável pelo post, Maria do Carmo @mucia fez um desabafo sobre medo, raiva e indignação, especialmente sobre situações de violência e importunação sexual no vilarejo.
A Polícia Civil, através da 23ª Coorpin, informou que está empenhada no caso e realizando diligências em Caraíva, mas qualquer informação oficial neste momento pode atrapalhar as investigações. O laudo cadavérico só sairá dentro de 30 dias, mas testemunhas relatam indícios de estupro e estrangulamento. Nayra era de nacionalidade espanhola e morava com o pai argentino e uma irmã de 9 anos.
Violência contra mulheres
Atualmente, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking dos países que mais cometem feminicídio. Ataques às mulheres, transfobia, tentativa de estupro à luz do dia e feminicídios são alguns dos crimes cometidos todos os dias e que envergonham e acuam mulheres e meninas.
Imagem: Reprodução
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