MPBA denuncia nove pessoas em Porto Seguro no âmbito da “Operação Derrocada”

 

O Ministério Público do Estado da Bahia denunciou nove pessoas envolvidas em esquema de comercialização de licenças ambientais para empresários da região, com atuação na administração municipal de Porto Seguro.

A denúncia foi recebida dia 29/08, pela Justiça. Elas foram denunciadas por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, por integrarem organização criminosa e por falsidade ideológica.

De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul), o grupo atuava há anos dentro da Prefeitura de Porto Seguro, com alguns de seus integrantes se valendo da função de servidor público para solicitar propina com o objetivo de facilitar as licenças ambientais de grandes empreendimentos imobiliários.

Conforme a denúncia, trata-se de uma organização criminosa formada por um núcleo público de servidores e outro núcleo privado.  Foram denunciados Igor Carvalho Nunes Oliveira e Marcio Gil de Andrade Nascimento, que fazem parte do núcleo de servidores públicos; e Marcelo Vaz Castelan, Alan Capichaba Cancela, Adson Alves de Souza, Thiago Biazatti, Breno de Jesus Amorim, Reginaldo Bonatto e Elias de Menezes Ferrette, que integram o núcleo  privado. De acordo com o MPBA, em fevereiro deste ano, o denunciado Igor Carvalho foi afastado do serviço público e desde então passou a atuar no núcleo privado, junto aos empresários.

O grupo atuava viabilizando a licença do “habite-se”, reduzindo taxas de impacto ambiental para porcentagens que normalmente não seriam praticadas, articulando a confecção de “estudos” para obtenção de licenças, recebimento de propinas para acelerar o processo de licenciamento e, ainda, realizando demandas que se tornassem necessárias para seus “clientes”, mediante pagamento de vantagens indevidas.

De acordo com o MPBA, os denunciados foram presos no dia 14/08, com a deflagração da “Operação Derrocada”, realizada pelo MP, por meio do Gaeco Sul, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Gaeco do Espírito Santo.

De acordo com o Gaeco, o grupo de servidores tem efetuado a lavagem dos valores pagos por meio da dissimulação e ocultação das quantias recebidas, trazendo prejuízo aos cofres públicos, na medida em que declaram valor menor quando da venda dos terrenos recebidos como pagamento das condutas ilícitas praticadas. Há ainda situações de extorsão e de pagamento de propinas por empresários para concessão das licenças ambientais.


Siga o Jornal do Sol no Instagram

 

LEIA TAMBÉM:

Professores e estudantes participam de formação em Literatura Indígena

8° BPM apreende carregamento de drogas em Porto Seguro

Planta nativa da Mata Atlântica vira fonte de renda para agricultura familiar

Suspeitos de sequestro de paulistas em Eunápolis são alvos de operação da Polícia Civil

PF realiza operações contra fraudes na transferência de títulos de eleitor