Antonio Tamarri
Enfrento este assunto com uma certa apreensão. Não se trata de querer alimentar a velha briga entre religiões. Quero refletir sobre o grave perigo que, ao se multiplicar, os lugares de culto - grandes ou pequenos - corre-se o risco de cair no grande erro de excluir Deus do mundo e fazer acreditar que é a igreja a casa de Deus. Todas as doutrinas, ensinamentos e a “fé”, seja qual a crença ou religião, ensinam que “Deus está no céu, na terra e em todos os lugares”.
Por isso a insistência dos religiosos, padres, pastores, rabinos, gurus... em convidar à prática de participar dos cultos, missas, celebrações.... pode causar o descuido de cultuar a Deus no mundo, justamente neste momento em que o descaso para com a ecologia, o meio ambiente, o respeito com a natureza está criando sérias ameaças ao nosso Planeta Terra.
Não vem ao caso falar agora das tantas e grandes ou pequenas corrupções que muitos representantes de igrejas praticam para se sustentar, nem tampouco das imensas fortunas que muitos membros de grupos religiosos juntaram. Aonde há pessoas, pode haver erros exageros, mentiras e explorações, por isso o cuidado é importante.
O costume do avestruz
O que deve ser repensada é a constatação que as igrejas continuam cultuando a Deus, cantando as mais belas músicas, enquanto, ar, água, terra, e sobretudo a condição de vida das pessoas corre sérios riscos de sobrevivência.
Queria aqui fazer a comparação do costume do avestruz que, em perigo, ao invés de fugir, se defender ou atacar, esconde a cabeça na areia. Como ele, muitas pessoas, no lugar de “atacar os males da sociedade” se “escondem” nos cultos, nas igrejinhas, nos templos.
Com a Bíblia no braço, terço, imagem de santos, camisas com frases religiosas até nos carros, caminhões, passam a imagem de fé, enquanto não assumem o compromisso de “salvar” o planeta, ou , simplesmente, se engajar na busca, aqui valeria a palavra luta... se engajar na luta para ter uma rua sem lixo, buracos....escolas mais sérias para crianças e jovens, atendimento a idosos, doentes...
Temos igrejinhas cheias de gente, cantos, luzes, flores... e casas, famílias, aonde falta o essencial. Talvez, reduzindo os patrimônios das igrejas, poderíamos ter um mundo com mais igualdade e menos violência.
Antônio Tamarri é professor de História e Teologia - Foto: Reprodução
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Mas vou tentar ajudar, já que o mesmo não conhece o trabalho gigantesco que faz as instituições religiosas nesse País. E de quantas milhares e milhares de pessoas, famílias e vidas recuperadas através do trabalho não governamental que essas brilhantes instituições fazem a várias décadas.
Realmente de história esse senhor não entende nada, acho que por causa de sua idade mesmo. Mas fica aqui a dica: caso queiram, posso pedir para aos milhões de internautas testemunharem aqui o que realmente as igrejas fizeram por eles. Que tal?
Aí veremos a verdade mais uma vez e o preconceito religioso do senhor Antonio Tamarri, que é ‘igrejofóbico’. Fica aqui o desafio!
‘Disse-lhe Jesus: se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. (Mateus 19:21)”
Alex Mariano é Reverendo e Doutor em Teologia